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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ESTRATÉGIAS PARA DETECÇÃO PRECOCE DA HANSENÍASE NO PROGRAMA DE PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO
Relatoria:
ESTHER COSTA VERAS
Autores:
  • João Victor Teixeira de Castro
  • Rayssa Ferreira Sales de Prado Oliveira
  • Nágila Nathaly Lima Ferreira
  • Anna Raquel Cosme Maia
  • Aymée Medeiros da Rocha
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, cujo agente etiológico é a bactéria M.leprae, que afeta primariamente os nervos periféricos e a pele. Pode demorar em média 5 anos para manifestar os primeiros sintomas devido ao período de incubação. Nota-se a necessidade de atividades de detecção precoce da hanseníase que fortaleçam a estratégia, neste sentido, o Programa PEP ++ visa interromper a cadeia de transmissão da doença com ações de educação em saúde, abordagem das pessoas acometidas pela doença, listagem e rastreamento de contatos próximos com realização de exame dermatoneurológico e quimioprofilaxia. OBJETIVO: Relatar as principais estratégias para detecção precoce da hanseníase vivenciada no Programa de Profilaxia Pós Exposição da Hanseníase (PEP ++). METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre estratégias de detecção precoce de hanseníase no contexto do Programa PEP ++, período de janeiro a junho de 2022, em Fortaleza-Ceará. As estratégias se dão a partir do monitoramento de contatos próximos, com avaliação dermatoneurológica, encaminhamento para BCG, quimioprofilaxia e educação em saúde na comunidade. RESULTADOS: As vivências na busca ativa de contatos próximos, a fim de diagnosticar precocemente a hanseníase, qualificou a prática clínica através do exame dermatoneurológico onde, se confirmado o diagnóstico inicia-se a poliquimioterapia ou se descartando o diagnóstico administra-se a combinação de antibióticos para prevenção rifampicina e claritromicina em três doses. Finalizando o esquema, os participantes são encaminhados à Atenção Primária à Saúde para vacinação da BCG buscando aumentar a eficácia da prevenção. Foi possível, ainda, realizar atividade de informação, educação e comunicação em saúde para levar conhecimento à população desses territórios endêmicos colaborando para o enfrentamento ao estigma e preconceito. Portanto, as vivências acadêmicas fortalecem habilidades, conhecimentos e práticas relacionadas à doença trazendo uma nova perspectiva clínica de prevenção da hanseníase e a importância da promoção em saúde e o olhar ampliado sobre os sujeitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa maneira, notou-se que as estratégias utilizadas contribuíram para detecção precoce da doença, redução da possibilidade de desenvolvimento das incapacidades físicas, além do enfrentamento ao estigma social através do desenvolvimento de competências importantes para o cuidado integral e de vigilância em saúde nos territórios de atuação.