Introdução: O Câncer de Mama (CM) é uma das maiores causas de óbito das mulheres em todo o mundo. A sua elevada taxa de mortalidade está ligada diretamente ao diagnóstico em estágios avançados, reduzindo as chances de progressão para a cura. Neste sentido, a prevenção e o diagnóstico precoce alinhados a atuação do enfermeiro podem auxiliar na identificação do tumor em estágios iniciais. Objetivos: Descrever as “ações de prevenção e detecção precoce do câncer de mama em mulheres” investigadas no Brasil nos últimos 15 anos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de caráter descritivo e de abordagem qualitativa. Os descritores “Câncer de Mama”, “Prevenção” e “Detecção Precoce” foram cruzados utilizando o operador booleano “and” na MedlLine, SciELO, LILACS e Google Acadêmico. Foram incluídas as pesquisas de 2006 a 2021, em língua portuguesa e excluídos as que tiveram duplicidade, e aqueles que não corresponderam ao objetivo proposto. Resultados: Foram selecionados 62 artigos, e após a leitura criteriosa dividiu-se nas seguintes categorias: “’1. A Prevenção do Câncer de Mama” onde observou-se que a educação em saúde foi o método mais investigado (n=19) nos últimos anos, seguido de estilo de vida, utilização de tamoxifeno associado a genisteína e do uso de novas tecnologias educativas e “2. Ações de Rastreamento e Detecção Precoce” que apresentou um maior número de publicações (n=33). Nessa última, a literatura aponta como principais ações a ultrassonografia, a mamografia, autoexame (AEM) e exame clínico das mamas (ECM), e reforça a atuação do enfermeiro (n=14), destacando o profissional como protagonista nas ações de rastreamento e detecção precoce do CM. Conclusão: As ações identificadas neste estudo se concentram em educação em saúde e na atuação dos profissionais na conscientização sobre CM, destacando, dentre estes, o enfermeiro. O mesmo é capacitado para promover de forma segura a educação em saúde, além disso é o profissional com que as mulheres tem o primeiro contato nos serviços de saúde, ainda na atenção básica e, que, apesar de fatores como socioculturais e região geográfica interferirem no acesso aos métodos tecnológicos, o enfermeiro pode e utiliza-se do ensino do AEM e ECM como metodologia de rastreio do CM. Diante disso, é fundamental que o profissional busque a constante atualização a respeito dessa neoplasia, visando qualidade nas ações de prevenção e detecção precoce.