Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) pode ser conceituada como a interrupção das atividades cardíacas e respiratórias e ser confirmada através de uma checagem simples da pulsação e movimentos respiratórios, na qual estarão ausentes. Ao se deparar com uma PCR, muitos profissionais apresentam dificuldade ou até mesmo a inabilidade para lidar com a situação. Em determinados pontos, a falta de treinamento acaba sendo um fator crucial para a não realização da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) ou a falta de efetividade da manobra. Neste cenário, encontram-se os Agentes Comunitários de Saúde que atuam na zona rural, visto que as limitações geográficas de seu campo de atuação dificultam o acesso desses profissionais a educação continuada. Objetivo: Descrever as atividades educativas realizadas com Agentes Comunitários de Saúde que atuam na zona rural do município de Coari - Amazonas, através de um ciclo de palestras com foco na ressuscitação cardiopulmonar. Metodologia: As palestras foram ministradas por acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas — UFAM, que passaram por uma série de atividades de capacitação com diversos professores de diferentes titulações, para estarem aptos a repassarem os conhecimentos adquiridos de maneira clara e concisa. Durante as atividades, foram utilizados simuladores de RCP que possibilitou uma melhor abordagem do conteúdo. Participaram 93 ACSs que atuam na zona rural. Por serem profissionais que residirem na comunidade de atuação, houve parceria com a secretaria municipal de saúde com o intuito de realizar a capacitação na data de reunião mensal com os seus supervisores. Resultados: As ações tiveram impacto positivo entre os profissionais, sua relevância foi mensurada através de questionamentos feitos pelos ACSs durante o treinamento. Observou-se que as informações repassadas não faziam parte dos conhecimentos prévios dos mesmo. Fato preocupante, considerando que os ACSs representam o primeiro contato da comunidade com o sistema de saúde. Conclusão: Os ACSs que trabalham e vivem em comunidades rurais possuem diversas dificuldades, como limitação geográfica, condições de trabalho precárias e dificuldade de acesso à informação. Assim, esta capacitação foi de extrema relevância, pois estes profissionais constituem o principal meio de acesso aos serviços de saúde dentro de uma comunidade rural, na qual será beneficiada com um profissional apto a agir com eficiência e rapidez em situações adversas.