Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
Respeito ao fisiológico: a contribuição da enfermagem para autonomia da mulher no parto
Relatoria:
VALDENICE VIEIRA DA SILVA
Autores:
- Amanda Vieira de Oliveira
- Suely Aragão Azevêdo Viana
- Aleyde Christiane Araújo da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Ressalta-se que, em meados do século XVIII o parto era considerado um momento de celebração familiar, sem o posicionamento médico, haja vista que esses não obtinham conhecimento acerca da gestação e parto. Todavia, no final do século XIX, com o estabelecimento do médico no processo de nascimento, e pela evolução da tecnologia na saúde, iniciou-se a transformação da gestante/parturiente em um evento patológico, excluindo-a do seu meio fisiológico. Com isso, no início do século XX, através da inserção da institucionalização do parto, esse deixou de ser algo íntimo e passou a ser institucional, com a introdução de maternidades, originando episódios regulamentados. Com a interferência da industrialização e a medicalização da saúde no século XIX, modificaram o parto domiciliar para o contexto hospitalar. Essa conduta promoveu a transfiguração do parto assistencial e fisiológico, para a exclusão de sua autonomia no processo de parturição. Entre as décadas de 60 a 90, o parto modificou-se em um modelo tecnocrático, carregando o avanço da tecnologia, a institucionalização do parto, e juntamente o aumento de intervenções desnecessárias, o qual resultou no aumento de cirurgias cesarianas, episiotomia, indução do parto com ocitocina sintética, acompanhamento fetal, dentre outros. Considerando a importância do empoderamento feminino no processo do parto e nascimento, fez-se a relevante pergunta de pesquisa: Qual a contribuição do enfermeiro para a autonomia da mulher no parto? A partir de então, traçamos o seguinte objetivo: Identificar como o enfermeiro pode contribuir para o empoderamento da mulher no processo parturitivo através das evidências científicas. Este estudo foi desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica realizada em artigos disponíveis no Google Acadêmico. De acordo com os achados literários, cabe ao enfermeiro uma melhor intercomunicação com a paciente para a formação de vínculos, conferindo uma relação e a construção do empoderamento feminino. Sendo assim, a gestante deve ter disponível todos os conhecimentos do assunto baseado em evidências científicas sólidas, além de serem introduzidas no processo de decisão. Conclui-se afirmando que para as mulheres obterem uma experiência satisfatória no parto, é fundamental que os profissionais obstetras ofereçam uma assistência de qualidade, por meio da ausculta e percepção da sua singularidade, e assim impulsioná-la a adquirir sua autonomia no processo de parto.