Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde em pacientes de unidade de terapia intensiva prolongam a internação, aumentam a morbimortalidade e os custos do tratamento. Objetivo: Investigar os fatores de risco de infecções relacionadas à assistência entre pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva de uma capital do Norte do Brasil. Método: Trata-se de uma coorte prospectiva com 267 pacientes. As informações foram coletadas de prontuário eletrônico, físico e formulário padrão de acompanhamento dos pacientes. Investigaram-se informações demográficas, sobre a internação e tratamento. Foi realizado regressão de Poisson para avaliar a associação das variáveis com o desfecho. Resultados: A incidência de infecções foi de 10,49 casos por 100 pacientes (IC95%: 7,36; 14,74), a topografia de maior frequência foi infecção de sítio cirúrgico. Na análise ajustada, a parada cardiorrespiratória (RR: 2,89; IC95%: 1,05; 7,95), internação por mais de cinco dias (RR: 6,97; IC95%: 1,42; 34,1), ter ostomia (RR 9,22; IC95%: 1,47; 57,6) e traqueostomia (RR:10,2; IC95%: 1,55; 67,2) foram associados às infecções relacionadas à assistência. Pacientes que tiveram infecções relacionadas à assistência apresentaram risco aumentado em 10,83 vezes para o óbito (IC95%: 4,18; 27,87). Conclusão: A incidência de infecções encontrada em Rondônia foi superior a encontrada em outras regiões brasileiras. Recomenda-se um sistema de vigilância ativa e a adesão às boas práticas no uso e manutenção de dispositivos invasivos.