A população mundial e em específico à brasileira, vem aumentando ao longo do tempo e desenhando uma nova conjuntura populacional, o cenário de um país composto por um contingente cada vez maior de indivíduos com idade acima de 60 anos, os quais podem desenvolver algum tipo de demência, apresentando deterioração progressiva da linguagem, distúrbios da personalidade, dificuldade em executar as funções executivas e sobretudo, alteração da memória. Nesta circunstância, estudos relacionados à interface cognição/comunicação, seja ele verbal ou não-verbal, são necessários para contribuir na relação terapêutica idoso x profissional de saúde. Tornando necessário o desenvolvimento de estratégias comunicativas, a fim de atingir um diálogo eficaz que seja capaz de compreender, intervir e tratar. Objetivo: Identificar as estratégias de comunicação suplementar e alternativa utilizadas pelos profissionais de saúde do Hospital Geriátrico Dom Pedro II; categorizar as estratégias de comunicação verbal e não-verbal empregadas pelos profissionais de saúde na assistência diária aos idosos com síndrome demencial, validar um instrumento de coleta de dados para pesquisa. Métodos: Estudo exploratório, observacional com delineamento qualitativo, desenvolvido no Hospital Geriátrico e Convalescência Dom Pedro II da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, composto por 2 etapas, sendo a primeira um estudo observacional e a segunda, a aplicação de um questionário com perguntas semiestruradas elaborado pelo pesquisador. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Irmandade de Santa Casa de São Paulo. Oito profissionais de saúde escolhidos aleatoriamente, responderam ao questionário com a temática da CSA, as respostas foram tabuladas e integradas a um banco de dados feito na plataforma do Excel e posteriormente analisadas. Resultados: Após a análise dos dados, pode-se traçar um perfil do conhecimento dos profissionais de saúde, a respeito do uso de ferramentas estratégicas de comunicação suplementar e alternativa nos idosos com síndrome demencial, seja ela verbal ou não-verbal. Assim como, as barreiras que dificultam a interação comunicacional e as interfaces utilizadas por eles, a fim de estabelecer uma comunicação adequada que contribua no processo terapêutico. Conclusão: No que concerne ao panorama das informações obtidas por meio das respostas do questionário, conclui-se que o instrumento é adequado para ser aplicado ao desenvolvimento da pesquisa maior.