Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
GRUPOS TERAPÊUTICOS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Thaynara Melo Rocha
Autores:
- Nathalia Pereira Soares
- Beatriz Brasil Pimentel Castro
- Maria Clara Carvalho Lucio Mota
- Michell Ângelo Marques Araújo
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os grupos terapêuticos expandiram-se a partir do contexto da Reforma Psiquiátrica, a qual buscava a desinstitucionalização de usuários dos serviços de saúde mental. Nesse contexto, fez-se necessária a elaboração de novas abordagens terapêuticas que abrangessem a dimensão psicossocial do sofrimento. As abordagens grupais potencializam as trocas dialógicas, o compartilhamento de experiências e a melhoria na adaptação ao modo de vida individual e coletivo. OBJETIVO: Relatar a experiência em razão das práticas e os saberes envolvidos nas abordagens terapêuticas grupais e suas articulações com a produção do cuidado em saúde mental em um Hospital-Dia (HD) da cidade de Fortaleza-CE. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante o estágio da disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar em Saúde Mental, do curso de graduação em Enfermagem da UFC, foram realizados grupos terapêuticos com usuários do Hospital-Dia do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, na cidade de Fortaleza. As atividades propostas objetivavam promover uma melhora na comunicação, nos aspectos motores e cognitivos, na memória e no reconhecimento de sentimentos, por meio de exercícios de meditação, alongamento, dança, atividades artísticas e dinâmicas grupais. Ademais, eram feitas perguntas aos usuários sobre as atividades propostas e como eles se sentiram após a realização das mesmas. RESULTADOS: As terapias grupais permitem um maior entendimento da subjetividade e da individualidade dos pacientes que fazem acompanhamento no serviço, ampliando o processo terapêutico para além da abordagem psicofarmacológica e psicoterapêutica tradicional, buscando uma visão integral de cada caso. Durante as atividades, houve uma interação mútua entre os usuários e os acadêmicos de enfermagem. Os participantes gostaram das dinâmicas propostas, participaram ativamente, diante de suas particularidades, explanaram os seus sentimentos e demonstraram interesse na continuidade dos grupos terapêuticos. CONCLUSÃO: A utilização de abordagens grupais com os usuários possibilitam a atuação interdisciplinar condizente com a prática clínica humana, equânime e resolutiva. Diante disso, o trabalho com grupos terapêuticos deve ganhar espaço nos serviços e instituições da rede de atenção à saúde, pois se trata de uma ação relevante no planejamento de intervenções clínicas, já que apresenta resultados positivos no acompanhamento de diversos agravos e doenças.