Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
OFICINA TERAPÊUTICA COMO FERRAMENTA DE ACOLHIMENTO CAPS AD
Relatoria:
ARIADNE FREIRE DE AGUIAR MARTINS
Autores:
- Antônia Marla Lima Gomes
- Maria Simone da Silva Rodrigues
- Nadla Thais Moreira Limeira
- Maria Marcilene da Silva
- Raquel Rodrigues da Costa Brilhante
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Com a Reforma Psiquiátrica, as oficinas ganharam destaque, voltando seu foco para a expressão subjetiva, reintegração social, produção de autonomia e de cidadania. É fundamental a importância da atuação da equipe multidisciplinar nos serviços de saúde pública, especialmente as intervenções grupais. Objetivo: Relatar a experiência de profissionais de um CAPS AD na efetivação de oficina terapêutica como ferramenta de acolhimento. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, as atividades foram desenvolvidas pela equipe multiprofissional do CAPS AD do município de Fortaleza, através de oficina terapêutica, direcionadas a adultos de ambos os sexos, usuários de álcool e/ou outras drogas. Seus objetivos principais eram proporcionar espaços de expressão, construção e transformação subjetiva. Resultado: O intuito do grupo foi proporcionar um espaço de expressão sobre os mais diversos temas: relações amorosas, amizades, trabalho, sexualidade, família, lazer, cultura, saúde, covid-19, um espaço que não esteja centrado exclusivamente no tema "droga", mas sim aberto à pluralidade da vida cotidiana, possibilitando intervenções no cuidado, partindo da criação de vínculo (entre os participantes e entre eles e os profissionais), acompanhar a evolução dos casos clínicos, verificando que sentidos os usuários atribuem ao seu próprio tratamento e ao CAPS ad. As Oficinas seguiam seus preceitos, mas, nelas, buscava-se principalmente levantar diversos temas e os usuários podiam se posicionar de maneira diferente e divergente nos debates. Os usuários muitas vezes não se sentiam à vontade para expor experiências e sentimentos para o grupo, o que levava à necessidade de manter alternativas de atendimento individual. Conclusão: A experiência possibilitou a integração de saber científico e popular, construir vínculos, informar sobre o fluxo do serviço e trabalhar o autocuidado do paciente, assim como ofertar o usuário da saúde mental uma acolhida de qualidade.