Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
CONSTRUÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA ENFERMEIROS: ASSISTÊNCIA A PESSOAS TRANS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Relatoria:
Victor Andrew da Silva Teixeira
Autores:
- Zulmira de Oliveira Castro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Pessoas trans sofrem com diversas barreiras em relação ao acesso ao sistema de saúde, sendo grande parte devido à transfobia. Problemas como discriminação e até danos físicos nas mãos de profissionais de saúde são fatores que impactam diretamente na procura dessa comunidade às unidades de saúde. A Atenção Básica é a porta de entrada, necessitando assim da organização e do planejamento dos serviços nas unidades, para que o acesso à saúde dessas pessoas seja ofertado e realizado, tendo em vista que uma minoria dos enfermeiros se sente apta a atender necessidades de pessoas trans. O objetivo desse estudo é relatar como se deu a construção de uma tecnologia educativa para enfermeiros sobre a assistência a pessoas transexuais na atenção primária. Trata-se de um estudo metodológico para a construção de uma cartilha educativa para orientar enfermeiros na assistência prestada a pessoas transexuais. O levantamento bibliográfico se deu durante os meses de maio e junho de 2022, utilizando as bases de dados MEDLINE, LILACS e o repositório Scielo, utilizando os Descritores em Saúde: atenção primária à saúde, pessoas transgênero e minorias sexuais e de gênero. Foram incluídos estudos originais, manuais, revisões e protocolos produzidos em âmbito nacional e internacional. Foram excluídos materiais que não atendessem ao objetivo do estudo. Não houve limitação temporal para a busca. Os materiais educativos são uma forma validada de promoção de saúde em todos os seus âmbitos. Assim, foi pensado a construção de uma cartilha educativa, tendo como título “Assistência a pessoas trans na atenção primária”. Abordar as dimensões de identidade de gênero e orientação sexual, é fundamental no que se refere a ofertar o conhecimento base sobre a temática, apresentando também a Política Nacional de Saúde LGBT. O enfermeiro deve sempre perguntar a orientação sexual ou de gênero; abordar e considerar situações de exclusão social e demais preconceitos ao investigar um problema e ao propor uma estratégia de cuidado; o nome social deve ser utilizado sempre, por todos os profissionais e em todos os documentos do serviço; organizar um ambiente de trabalho que acolha as diferenças e que possa enfrentar as violências sofridas por usuários e por profissionais dentro do serviço de saúde. Dado o exposto, conclui-se a construção de uma cartilha educativa para enfermeiros pode mudar a forma como é ofertada a saúde hoje e alcançar cada vez mais equidade no cuidar e na assistência de pessoas trans.