Introdução: Nas últimas décadas, a internet tornou-se parte integrante do cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo, engendrando múltiplas transformações. Na saúde, as mídias sociais têm sido cada vez mais utilizadas como fonte de informação e aconselhamento. Nesse contexto, destacam-se as comunidades virtuais como alternativa favorável ao empoderamento da população com doenças crônicas e de seus familiares. Objetivos: Identificar e analisar perfis de atuação de pessoas com diabetes mellitus em comunidades virtuais e sua relação com o empoderamento. Metodologia: Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, desenvolvido em três comunidades virtuais abertas e de caráter público da plataforma Facebook. Foram analisadas postagens e comentários realizados entre os anos de 2018 e 2019 para construção do texto-matriz e aplicação dos conceitos da análise de conteúdo. O estudo dispensou aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, pois trata-se de dados públicos. Resultados: Os perfis de atuação identificados envolveram diferentes estilos que foram expressos pela preocupação com a dimensão clínica da doença, voltados para o esclarecimento de dúvidas e questões a partir do conhecimento conquistado com a experiência prática. Ainda, verificou-se o caráter acolhedor do sofrimento e das angústias vivenciados pelos doentes e seus familiares, constituindo um ambiente pautado na confiança e solidariedade para compartilhamento de experiências. Conclusão: Os resultados apontaram que as comunidades virtuais se apresentaram como potencial estratégia minimizadora das dificuldades para o enfrentamento do diabetes, contribuindo para o empoderamento dos sujeitos, associado a melhores conhecimentos, habilidades, confiança e autogerenciamento da doença, evidenciado na formação do expert patient.