Introdução: Com o surgimento da covid-19, os sistemas de saúde pelo mundo viram crescer o número de pessoas infectadas a procura dos serviços de saúde, resultando no aumento dos índices de internações e de indivíduos necessitando de cuidados intensivos em serviços hospitalares, consequentemente, potencializando a necessidade de insumos, equipamentos, materiais e da atuação dos profissionais de saúde frente ao cuidado desses pacientes. Diante da alta demanda acelerada e abrupta de atendimentos, especialmente da assistência intensiva, estes profissionais se depararam com os desafios para manter em equilíbrio suas necessidades de saúde física e mental, em meio às condições de trabalho sob pressões extremas, recursos limitados e inadequados, o que, por vez, podem favorecer para ocasionar danos à saúde mental. Objetivo: analisar as evidências científicas acerca dos impactos da covid-19 na saúde mental dos profissionais da saúde que se encontram na linha de frente. Metodologia: estudo de revisão integrativa, que teve como critérios de elegibilidade: pesquisas primárias, sem restrição de idiomas e publicados entre dezembro/2019 a dezembro/2021, guiado pela questão de pesquisa “Quais as evidências científicas acerca dos impactos na saúde mental dos profissionais de saúde que se encontram na linha frente do combate à covid-19?”. O levantamento bibliográfico ocorreu nas bases: MEDLINE via PubMed, SCOPUS, LILACS e BDENF via BVS, utilizando-se os descritores: “Pessoal de saúde”, “Saúde mental”, “Infecção por coronavírus”, “Médicos”, “Fisioterapeutas”, “Equipe de Enfermagem” e “COVID-19”. Resultados: foram analisados 12 estudos, identificando-se a prevalência de pesquisas publicadas na base de dados MEDLINE, com país de origem China, estudos de natureza transversal e possuindo como participantes médicos e equipe de enfermagem. Os principais impactos observados na saúde mental dos profissionais de saúde foram: insônia, depressão, ansiedade, medo e o estresse ocupacional, sendo esses impactos mais prevalentes entre profissionais da equipe de enfermagem do sexo feminino. Conclusão: em suma, o estudo revela o quão importante e urgente é, o desenvolvimento de estratégias e ações que trabalhem no sentido de prevenção e promoção da saúde mental dos profissionais da saúde no ambiente de trabalho, principalmente, no intuito de evitar a potencialização desses impactos à saúde mental em possíveis novas crises sanitárias que o mundo venha a enfrentar novamente.