Introdução: Nas últimas décadas houve crescente aumento da prevalência de transtornos mentais na população¹. Em situações como a pandemia recentemente vivenciada, são grandes as implicações psicológicas secundárias ao fenômeno². A Atenção Básica constitui-se como o primeiro nível de assistência no Sistema Único de Saúde e constitui um plano privilegiado para o cuidado das necessidades em saúde mental¹, sendo importante componente da rede em saúde mental por possuir ambientes propícios de desenvolvimento de ações educativas³, visto sua proximidade da comunidade e do paciente?. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem em ação educativa voltada para a saúde mental da população. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, com base em ação educativa vinculada à disciplina de Semi Internato em Saúde Coletiva da faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, realizada por acadêmicas do 7° semestre com usuários de uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Belém-PA em junho de 2022. O público presente era, em sua maioria, composto por idosos que aguardavam em sala de espera. No primeiro momento, houve a exposição de que foi nomeado de “caixinha das boas vibrações” com mensagens de cunho positivo e incentivador para os usuários. Em seguida, desenvolveu-se uma palestra subsidiada por folder com informações acerca da saúde mental e prevenção de suicídio. Por fim, a “caixinha de boas vibrações” foi fixada na recepção da unidade. Resultados: Acredita-se que sendo o assunto um tabu para gerações mais antigas, a atividade foi recebida com receio. Contudo, no decorrer da ação, percebeu-se interesse e desconhecimento sobre o tema. Ao final, surgiram dúvidas e contribuições por parte dos usuários sobre o tema. Posteriormente, os usuários contribuíram com novas mensagens de incentivo na “caixinha de boas vibrações”, evidenciando o reconhecimento sobre a importância da ajuda ao próximo. Conclusão: A construção de ação educativa apresenta-se como uma estratégia complementar e importante na formação de acadêmicos de enfermagem, com enfoque na prevenção de suicídio e promoção da saúde mental, visto que ainda é possível observar certa fragilidade dessa discussão dentro da academia. Nessa perspectiva, é importante que profissionais e acadêmicos apropriem-se da temática, encarando com maior criticidade e cautela, assumindo postura humanizada e focando na promoção de saúde e prevenção de agravos causados por sofrimento psíquico.