Introdução: A Dermatite Associada Incontinência (DAI) é considerada uma injúria cutânea ocasionada pela exposição prolongada de fezes e/ou urina na pele do indivíduo; o que se torna potencialmente grave aos pacientes críticos no âmbito da alta complexidade hospitalar. Evidências apontam que tal injúria compromete a qualidade de vida, prolonga o tempo de internação, aumenta os custos e o risco de morbimortalidade. Destaca-se a atuação da Enfermagem, neste contexto, para o julgamento clínico, classificação de risco e tomada de decisão para a prevenção, manejo e tratamento da DAI. 0bjetivo: Elencar os instrumentos clínicos, disponíveis na literatura, dispõem acerca do processo de avaliação, classificação e gestão do cuidar para a prevenção e tratamento da DAI. Método: Trata-se de uma revisão de literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, em fevereiro-2022, contemplando as bases de dados: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde e Base de dados em Enfermagem. Utilizou-se os descritores “Dermatite”; “Incontinência” AND “Assistência de enfermagem”, nas linguagens Inglês, Português e Espanhol. Como população do estudo obteve-se 374 artigos disponíveis gratuitamente, que respondiam à questão norteadora e atemporais. Sendo excluídos relatos de experiência, repetidos e revisões. Após seleção criteriosa, conforme diretrizes do PRISMA, a amostra foi constituída de 20 artigos. Foi realizada a caracterização metodológica dos artigos e análise de conteúdo para responder à questão norteadora: “O que os Instrumentos de medida em saúde dispõem acerca do processo de avaliação, classificação e gestão do cuidar para a prevenção e tratamento da DAI?”. Resultados: Evidenciou-se nos instrumentos as recomendações para a prática clínica com domínios relacionados: aos fatores de risco; classificação; estratégias para preparo do leito da lesão; tratamento com produtos de limpeza, barreira/proteção e restauração da pele; documentação e; padronização das ações mais assertivas para o manejo da DAI. Conclusão: A gestão do cuidar da integridade da pele em pacientes críticos é um desafio para a equipe de saúde, porém o cuidar sistematizado, integral e individualizado possibilita um manejo clínico, melhora da segurança do paciente e consequente qualidade da assistência prestada.