INTRODUÇÃO: Retomar a história de Semmelweis, conhecido como pioneiro dos procedimentos antissépticos, oferece maior destaque para o entendimento atual da higienização das mãos como principal medida de controle da disseminação de microrganismos em ambiente de assistência à saúde e enfatiza a necessária adoção da prática baseada em evidência. OBJETIVOS: Descrever a experiência discente do estudo da epidemiologia pela reflexão sobre o início da prática de lavagem das mãos. METODOLOGIA: Relato de experiência de acadêmicas em Mostra de Banner voltada para a valorização da história da epidemiologia na constituição da saúde contemporânea, realizada em abril de 2022, em aulas de epidemiologia do Bacharelado em Enfermagem em Faculdade do Sul do ES. RESULTADOS: As informações sobre as contribuições de Ignaz Philipp Semmelweis para evitar contaminação, pela simples, mas polêmica, lavagem das mãos foram obtidas em pesquisa orientada na disciplina de epidemiologia objetivando construir conhecimento consistente sobre contaminação mediante o raciocínio epidemiológico empregado por Semmelweis e apresentar as reflexões em sinopse em Mostra de Banner, atividade pedagógica desenvolvida em abril de 2022, apresentando o panorama histórico dos primeiros estudos epidemiológicos e da consolidação de conceitos para concretização da epidemiologia como ciência. A história mostra que embora a higienização das mãos seja prática de fácil execução, ainda é negligenciada ou de baixa adesão, na atualidade, como foi há mais de 180 anos, quando Semmelweis comprovou sua eficácia, ao introduzir tal prática, para redução de contaminantes nas mãos, após as necropsias e antes do atendimento a partos, o que reduziu as taxas de infecção puerperal, na época. CONCLUSÃO: Mediante o estudo percebemos a importância da lavagem das mãos, para evitar contaminação, notadamente, na atual pandemia de COVID 19. Entretanto, não foi fácil para Semmelweis, introduzir uma nova forma de agir dentro dos princípios da assepsia em uma época em que a microbiologia ainda não estava fundamentada. Hoje, a prática de lavar as mãos antes e após qualquer procedimento, tem todo o embasamento científico que comprova sua efetividade, como medida para evitar a propagação de microrganismos e, portanto, precisa apenas ser realizada com responsabilidade pelos profissionais de saúde, para garantir a segurança do paciente.