Introdução: O leite materno é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o alimento ideal para os primeiros meses de vida, visto que reúne nas quantidades certas anticorpos, vitaminas, proteínas, água, sais minerais e gorduras indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento da criança, como também, contribui diretamente para a diminuição da morbidade e mortalidade infantil. Os benefícios são múltiplos, como o vínculo mãe-filho que favorece o desenvolvimento emocional de ambos. O Fundo Nacional da Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Ministério da Saúde (MS) preconizam que o recém-nascido mame na primeira hora de vida, ainda na sala de parto, independente de cesárea ou parto vaginal. Objetivos: Relatar a experiência da amamentação na primeira hora de vida do recém-nascido em uma maternidade do interior do Ceará abordando as principais dificuldades vivenciada pelas puérperas para adoção desta prática. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste (FPO), ocorrido no mês de maio de 2022 no alojamento conjunto da maternidade do Hospital São Lucas localizada do município de Crateús – CE. Resultado: Com base na vivência exercida no setor da maternidade foi possível verificar que o número de puérperas que apresentam dificuldade na amamentação foi significativamente maior em relação às que não apresentaram dificuldade alguma. As principais dificuldades no aleitamento materno encontrada pairam na qualidade deficitária das orientações no período pré-natal, apojadura do leite, baixa ou falta de produção de leite, problemas na sucção do leite, mamilo investido bilateralmente, pega incorreta, fissuras, dor mamilar, fatores culturais e emocionais. Conclusão: A pesquisa reforçou a importância de conhecermos os principais aspectos que interferem na prática do aleitamento materno na primeira hora de vida e, assim, possibilitar aos profissionais da saúde novas estratégias na construção de ações de educação em saúde, valorizando as diversas dimensões que compõem essa vivência. A experiência relatada também contribuiu de maneira significativa na formação profissional dos acadêmicos, uma vez que possibilitou a experiência de situações até então desconhecidas.