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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
ANA BEATRIZ MARINHO DE MEDEIROS
Autores:
  • Paula Renata da Cunha
  • Maura Vanessa Silva Sobreira
  • Wesley Twisley Soares Rocha
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em conformidade com a Reforma Psiquiátrica Brasileira, são serviços de saúde mental destinados a atendimentos de pessoas em sofrimento psíquico ou transtornos mentais, abrangendo também aqueles com demandas decorrentes do uso de outras substâncias. Nesses espaços se faz necessária a atuação de equipes multiprofissionais, que devem implementar diversas estratégias para o acolhimento dos usuários, tais como psicoterapia, terapia ocupacional, oficinas terapêuticas, entre outros serviços. O atendimento do CAPS III é designado para todas as faixas etárias que possuem transtornos mentais graves e persistentes, e é um serviço 24 horas que atende regiões com pelo menos 150 mil habitantes¹. OBJETIVO: Relatar a experiência de estudantes da graduação em Enfermagem durante uma visita ao CAPS III. MÉTODO: Relato de experiência vivenciado por um grupo de discentes da graduação em enfermagem, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, nas dependências de um CAPS III, no município de Caicó-RN no ano de 2022. A visitação ocorreu como atividade pedagógica do componente curricular “Enfermagem no Processo Saúde/Doença do Adulto”. RESULTADOS: Trata-se de serviço referência para uma região de saúde, com equipe multiprofissional. Durante o contato com o serviço foi possível observar a precariedade da estrutura física e ambiência inadequada para acolhimento aos usuários. O serviço não apresenta diversificação de estratégias de cuidado em saúde mental, com ausência de práticas de matriciamento e sem espaços de instituições de planejamento e de construção do projeto terapêutico singular. As atividades de oficinas terapêuticas acontecem sem planejamento e envolvimento de uma equipe multiprofissional. A enfermagem apresenta práticas pouco sistematizadas e centradas no cuidado individual. As famílias participam e interagem com serviço, apesar da inexistência de assembleia e reuniões com os familiares. CONCLUSÃO: A visita demonstrou contradições entre o que é preconizado pela Política Nacional de Saúde Mental para usuários do CAPS e a experiência vivenciada. Torna-se necessário refletir sobre o papel da Enfermagem, enquanto profissão estruturante para a reorganização de praticas no serviço substitutivo. Os discentes retrataram a visita como uma atividade primordial para assimilar a realidade vivenciada por pessoas com transtornos mentais graves e usuária de substância psicoativas.