O período de gestação, parto e pós-parto envolve grandes mudanças e exige várias adaptações frente à chegada do novo membro de uma família. Trata-se de um momento de maior vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, propício para o desenvolvimento de ações preventivas e de promoção à saúde a serem realizadas pelos profissionais da área. Há um interesse crescente destes profissionais em torno dos grupos vulneráveis com relação aos cuidados neste período, parto e puerpério, pois estar em situação de vulnerabilidade implica em questões sérias relacionadas à saúde. Esse interesse está pautado pelo fato de que 55% das mulheres são classificadas como de alto risco no final da gravidez. A situação social mais vulnerável está associada ao aumento dos níveis de estresse e ansiedade da mãe, antes e depois da gestação, além disso, há uma crença geral de que mais mulheres se tornarão vulneráveis ao desenvolvimento de complicações durante o parto nos próximos anos. Objetivo: Analisar os impactos da vulnerabilidade social em mulheres durante a gestação, parto e pós-parto e destacar possíveis soluções para minimizar estes impactos. Método: O estudo foi desenvolvido a partir de uma análise documental e revisão bibliográfica simples de estudos de natureza científica, técnica, educacional e comunicacional que apresentaram possíveis impactos que a vulnerabilidade social possa causar em mulheres durante a gestação, parto e pós-parto. Neste estudo foram analisados oito documentos, dentre eles, uma nota técnica do Ministério da Saúde, uma Nota Técnica sobre o exercício da maternidade por mães que fazem uso de crack e outras drogas emitida pelo conselho regional de psicologia de São Paulo e seis artigos científicos buscados nas plataformas SciElo, PebMed e Google acadêmico, que abordaram a problemática vulnerabilidade social, gestação, situação de rua e uso de álcool e/ou outras drogas. Resultados: A partir da análise dos documentos, foi possível observar que as gestantes em situação de rua são rodeadas por diversos fatores de riscos sociais na esfera da saúde pública, além de reforçar a marginalidade e pobreza. Foi possível observar também que grande parte das mulheres não aderem ao pré-natal, tem medo de serem separadas de seus filhos. Conclusão: Para uma assistência integral a estas gestantes é necessário reforçar sempre o papel da comunidade, da sociedade e do estado com políticas públicas que garantam o cuidado integral e humanizado que respeite e acolha estas mulheres.