Introdução: Até pouco tempo, acreditava-se que a ingestão de pequenas quantidades de álcool durante a gravidez não trazia riscos ao feto, entretanto, pesquisas posteriores indicaram que o consumo de qualquer quantidade dessa substância durante a gestação pode ser prejudicial, contribuindo com malformações, atrasos no desenvolvimento e até abortos. Objetivo: Conscientizar as gestantes sobre os riscos que o consumo de álcool durante a gravidez traz ao desenvolvimento saudável do feto. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará, resultado das atividades práticas da disciplina de Saúde da Mulher, realizadas em uma Unidade Municipal de Saúde, na cidade de Belém, no segundo semestre de 2019. Antes do início das consultas de pré natal, foi realizado o acolhimento das gestantes na sala de espera, através de apresentações sobre temáticas variadas, envolvendo o período gravídico e puerperal. Em uma das sessões de acolhimento foi abordado os riscos do consumo de álcool durante a gravidez. As tecnologias utilizadas foram cartazes com informações sobre as repercussões da ingestão de álcool na gestação, a clara e gema de um ovo, representando as células fetais, e um copo dosador de 10 ml, com álcool a 70%, simbolizando a bebida. Após explicar que o álcool chega à corrente sanguínea da mãe, atravessa a barreira placentária e chega ao feto, foi feita a demonstração com o ovo e o álcool de como ele é capaz de desnaturar as células do bebê, ainda em desenvolvimento, ou seja, fazê-las perderem sua função original, afetando seu processo de maturação. Resultados: Ao fim da exposição, as mulheres e acompanhantes demonstraram surpresa ao observar a interação do álcool com a célula e compartilharam que compreendiam que não se deve ingerir bebidas alcoólicas na gestação, porém, não tinham ideia de que tão pouca quantidade já era capaz de gerar alterações e quais eram essas. As gestantes puderam observar de perto processos que não são visíveis a olho nu, facilitando a absorção de informações, além de abrir espaço para a elucidação de dúvidas, troca de experiências e agregar conhecimento às sabedorias preexistentes. Conclusão: O modelo de abordagem utilizado na ação se mostra um importante meio de tornar a educação em saúde mais acessível e efetiva, favorecendo o entendimento acerca de conteúdos relevantes à população.