A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível que se relaciona diretamente com o aumento do risco para doenças cardiovasculares e, por isso, tem sido identificada como um grave problema de saúde pública no Brasil. Os resultados da pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - 2021 revelou uma associação da doença com a idade (público idoso) e com o nível de informação necessária para a prevenção do acometimento, especialmente os fatores de risco, por isso ações de conscientização são relevantes. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na realização de ação em saúde sobre a conscientização em relação aos fatores de risco para hipertensão arterial em uma Casa do Idoso, no município de Belém, Pará. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma ação em saúde durante aulas práticas em um Centro de Atenção à Saúde do Idoso no município de Belém, durante o mês de junho de 2022. A ação foi realizada no ambiente de espera para atendimentos, utilizando como recurso educativo imagens em formato de folha A4 e do tipo desenho ilustrativo sobre os temas: Ingesta de sódio, tabagismo, sedentarismo, sobrepeso, alimentos industrializados, etilismo e sobre práticas que auxiliam no controle da HAS e na saúde física e mental. Como recurso avaliativo fez-se uso do diário de campo. RESULTADOS: Os participantes citaram os seguintes fatores de risco, quando observaram as imagens: Excesso do peso, uso de cigarros e consumo de bebidas, alimentação sem a presença de verduras e legumes, alimentação com alimentos muito salgados, consumo de alimentos enlatados e gordurosos. Foi percebido que apesar de reconhecerem esses fatores, ainda apresentam dificuldades para a prevenção da HAS, pois descreveram como difícil fazer mudanças de hábitos em casa e no seu convívio social. No diálogo informal relataram que acreditam que os serviços de saúde e as políticas sociais e de lazer, quando bem empregadas, podem influenciar nos seus modos de vida e, portanto, impactar na prevenção de doenças. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso de imagens facilitou a prática de educação em saúde e se mostrou um recurso visual de fácil emprego e que dinamiza a interação. A ação contribuiu para o reconhecimento dos fatores de risco para o acometimento e facilitou a reflexão sobre as dificuldades enfrentadas pelos idosos na adoção de hábitos de vida saudáveis.