Introdução: Em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, localizada na China, foi identificado o primeiro caso de uma pneumonia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), conhecido como Coronavirus disease (COVID-19), uma síndrome respiratória aguda com potencial altamente infeccioso. A infecção possui aspectos clínicos que são bastante amplos, variando de uma síndrome gripal até complicações mais graves, levando o indivíduo a necessitar da admissão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Neste contexto, profissionais de enfermagem que atuam frente a pandemia da COVID-19 enfrentam elevadas exposições a situações estressantes e um grande desgaste decorrente do contato com pessoas infectadas, tornando-as mais suscetíveis ao desenvolvimento de patologias psicossociais, como a Síndrome de Burnout (SB), que é provocada pelo estresse crônico decorrente do trabalho em relação ao organismo, apresentando diversos prejuízos para o profissional. Objetivo: Descrever os principais preditores da Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, que utilizou como técnica a Revisão Integrativa da Literatura (RIL), em conjunto com a estratégia PICO para formulação da pergunta problema e o fluxograma no modelo PRISMA para seleção das publicações. A pesquisa foi realizada nas bases de dados: MEDLINE, LILACS e BDENF, por meio de três Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) cruzados pelo operador booleano (AND): COVID-19; Profissionais de enfermagem e Esgotamento psicológico. Foram encontradas no total 148 publicações. Ao adicionar os critérios de inclusão: publicações disponíveis de forma gratuita, entre os anos de 2017 e 2022, nos idiomas português e inglês; e de exclusão: resumos, editorial, monografias, dissertações e teses, o número reduziu para 53. Após a análise, 12 foram selecionadas. Resultados: Os principais preditores encontrados foram: sobrecarga de trabalho, inexperiência nas atribuições, longas jornadas de trabalho ou jornada dupla, potenciais de exposição ao vírus, falta de treinamento, insuficiência de equipamentos de proteção e, o uso abusivo de substâncias como álcool, visando fuga ou esquecimento do trabalho. Conclusão: Diante disso, torna-se fundamental pesquisas que abordem esta temática. Uma vez que, os profissionais de enfermagem se tornam mais suscetíveis a sintomas de exaustão física e mental, corroborando para o desenvolvimento da SB.