De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, parcela significativa da população recorre à medicina tradicional como recurso terapêutico. Dentro desse contexto, destaca-se a utilização de plantas medicinais que, devido a facilidade de acesso, representa um dos métodos alternativos mais utilizados. No Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) traz orientações importantes acerca do uso de terapias alternativas na saúde. No entanto, nota-se que, em geral, a utilização desses métodos alternativos não se dá de forma tão abrangente. E essa realidade pode trazer riscos, haja vista que a utilização de plantas medicinais sem a correta orientação pode trazer prejuízos à saúde do indivíduo. Por essa razão, é de fundamental importância que os profissionais de saúde estejam atentos às particularidades e escolhas terapêuticas do paciente, a fim de viabilizar um tratamento seguro. O objetivo deste trabalho é avaliar a percepção dos profissionais de saúde da Atenção Básica quanto à utilização da fitoterapia como recurso terapêutico. Trata-se de um estudo bibliográfico, do tipo revisão integrativa, realizada no mês de junho de 2022, a qual foi desenvolvida por meio de levantamento na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), mediante os seguintes descritores: "fitoterapia" and "atenção básica" and "profissionais". Inicialmente foram identificados 25 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão (artigos disponíveis na íntegra, escritos em português, publicados no Brasil nos últimos dez anos) e leitura dos títulos e resumos foram selecionadas 10 publicações. Os principais resultados foram descritos em quadros mostrando os principais dados da pesquisa (título, autores, ano de publicação, revista, métodos utilizados e resultados relevantes). A análise desses artigos permitiu avaliar a visão e o conhecimento que os profissionais da saúde têm em relação à utilização da fitoterapia enquanto recurso terapêutico. Mediante avaliação das publicações, notou-se que há pouco conhecimento em relação à eficácia desses métodos, bem como das orientações contidas na PNPIC. Também ficou evidente a falta de incentivo dos gestores. Diante disso, é evidente que o desconhecimento sobre a eficácia e aplicabilidade da fitoterapia compromete sua efetivação. Para que essa questão seja solucionada é necessário que haja qualificação dos profissionais e disponibilidade de recursos para utilização das diversas práticas.