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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
DÉFICIT EM HABILIDADES DE AUTOCUIDADO EM PESSOAS COM TEA: detecção e intervenções por enfermeiros(as)
Relatoria:
FRANCIDALMA SOARES SOUSA CARVALHO FILHA
Autores:
  • Eutima Klayre Pereira Nunes
  • Maria Vitória Melo de Oliveira
  • Jaiane de Melo Vilanova
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é entendido como uma deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da reciprocidade social, com déficits importantes em diversas áreas da vida, sobretudo naquelas voltadas para as habilidades funcionais, representadas por atividades de autocuidado. O objetivo deste artigo é analisar as Intervenções de Enfermagem disponibilizadas em uma Classificação Internacional, que podem ser utilizadas para o ensino de habilidades de autocuidado a pessoas no Espectro Autista. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualiquantitativa. O cenário da investigação foi o Município de Balsas-MA. Para tanto, teve como locais de pesquisa cinco escolas da rede pública e três escolas da rede particular e regular de ensino, além da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Participaram da investigação 23 estudantes de 5 a 15 anos. A coleta de dados aconteceu no período de junho de 2018 a julho de 2019, por meio da aplicação do instrumento validado Avaliação das Habilidades Básicas de Língua e Aprendizagem – Revisado (ABLLS-R), investigando as habilidades de vestir-se, alimentar-se, manutenção pessoal e higiene pessoal. A discussão dos resultados aconteceu à luz dos pressupostos da enfermeira Dorothea Orem. Os resultados mais relevantes demonstraram que a maioria dos estudantes que não conseguiu realizar as atividades de vestir-se estão na faixa etária de 5 e 10 anos. Quanto à alimentação, as tarefas que os estudantes menos conseguiram realizar foram: passar manteiga no pão; cortar comida com a faca; ajudar a pôr a mesa; limpar a mesa depois de comer; manter as áreas de comer limpas. Referente à manutenção pessoal, as mais prejudicadas foram: lavar e secar o rosto; pentear ou escovar os cabelos; escovar os dentes; e, ainda, assoar o nariz. Sobre as habilidades de higiene pessoal e banho, as ações que a maioria dos estudantes não conseguiu realizar foram: pedir para usar o banheiro quando necessário; limpar-se após defecar; e usar o banheiro de forma independente. Conclui-se que na Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) existem diversos grupos de intervenções capazes de propiciar às pessoas com TEA uma assistência que busque atender às necessidades funcionais, de autocuidado e oferecer requisitos à aquisição de autonomia, além de incluir estratégias que reforçam a obtenção do autoconhecimento, autocontrole e a participação ativa dessas pessoas no próprio cuidado.