Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: APLICAÇÃO DO ARCO DE MAGUEREZ NA AMPLIAÇÃO DO ACESSO AO EXAME CITOPATOLÓGICO
Relatoria:
Ana Kelle Borges de Ávila
Autores:
- Maria Kelviane Freitas da Silva
- Luana Joyce Alves Menezes
- Francisco Everson da Silva Costa
- Rhavena França Souza Gonçalves
- Aleide Barbosa Viana
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Estima-se que entre os anos de 2020 e 2022 sejam diagnosticados 16.590 novos casos de câncer de colo do útero por ano no Brasil. Tal índice o mantem como o terceiro com maior prevalência entre as mulheres (INCA,2021). As lesões de colo uterino podem ser identificadas através do exame citopatológico, procedimento de baixo custo e alta eficácia, de nível ambulatorial e indolor. Entretanto, o público alvo enfrenta desafios que dificultam a adesão ao exame, como a incompatibilidade de horários, ausência de humanização no acolhimento, além da vergonha e medo em realizar o exame (DA ROCHA et al., 2020).
OBJETIVO: Relatar experiência de enfermeira Residente em Saúde da Família na promoção de consultas preventivas obedecendo a aplicação do Arco de Maguerez. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, cuja estrutura obedece ao arco de Maguerez, metodologia de problematização que possibilita formular conceitos e compartilhar vivências, com foco em trabalhar tenções, criando soluções, através de cinco etapas: Observação da realidade e identificação do problema, Identificação dos pontos-chave de definição de aspectos do problema, seguido da etapa de teorização ou investigação, reflexão sobre hipóteses de solução e aplicação prática. RESULTADOS: Após discussão com Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) e pacientes sobre a adesão ao exame, a inflexibilidade de horários foi um dos pontos mais citados para atraso na procura pelo atendimento. Com as mulheres cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, ações de saúde em horário comercial podem por vezes complicar a busca por atendimento ou mesmo donas de casa/cuidadoras que possuem dependentes. Na etapa de teorização buscamos compreender através de fontes cientificas sobre a captação precoce e seus desafios, observando semelhanças entre as nossas limitações e de pacientes de outros locais. Na quarta etapa, duas hipóteses foram levantadas para solução dos problemas: Ações de prevenção em período noturno na UAPS centro e captação das mulheres por convite e incentivo das profissionais ACS que culminou na efetivação de prevenções noturnas. CONCLUSÃO: Incentivar a participação do público alvo auxilia no acolhimento e a realização de ações em horário flexível possibilita ampliar o acesso e garantir uma maior cobertura do exame citopatológico, sendo uma boa medida valorizar propostas como o programa saúde na hora, que busca horários alternativos de atendimento na atenção primária.