Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
TELESSAÚDE COMO FERRAMENTA EDUCATIVA PARA O CONTROLE GLICÊMICO DE GESTANTES COM DIABETES MELLITUS
Relatoria:
raquel rodrigues da costa brilhante
Autores:
- Lívia Dantas Lopes
- Anna Karolinne Morais e Araújo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Devido à resistência à insulina e sua necessidade aumentada na gestação, algumas mulheres grávidas desenvolvem Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), sendo necessário um controle glicêmico rigoroso para reduzir os riscos de complicações na gestação. Objetivo: Relatar a experiência da telessaúde como ferramenta educativa para o controle glicêmico de gestantes com diabetes mellitus. Metodologia: Relato de experiência vivenciado por enfermeiros de um Centro de Referência em Diabetes sobre a telessaúde como ferramenta educativa na monitorização glicêmica durante o período gestacional, nos meses de março de 2021 a junho de 2022 em uma capital do nordeste brasileiro. Resultados: As consultas às gestantes foram realizadas através de uma plataforma digital que permite o envio e recebimento de mensagens de texto, áudio, imagens e vídeos. Após o diagnóstico de DMG, a recomendação do automonitoramento da glicemia capilar é que seja realizado diariamente, devendo ser mantido até o parto. Dessa forma, na consulta de enfermagem, o controle glicêmico foi avaliado pelo enfermeiro a partir do material enviado pela gestante: imagens do diário glicêmico com quatro valores de glicemias (jejum, uma hora após café, almoço e jantar) para gestantes em tratamento não farmacológico e com seis valores (pré prandiais e uma hora pós prandiais) para gestantes em tratamento farmacológico; detalhamento das porções das refeições nesses horários; vídeo ou fotos dos registros do glicosímetro com os valores das glicemias capilares, no mínimo, dos últimos 10 dias. Por meio dos valores informados, os enfermeiros avaliaram a presença de hipoglicemias, hiperglicemias, adesão à monitorização glicêmica e horários mais frequentes de descompensação. O enfermeiro utilizava os recursos da plataforma digital para o envio de orientações educativas para melhoria do controle glicêmico, como exposição das metas das glicemias pré-prandiais entre 65-95 mg/dL e 1h pós-prandial < 140 mg/dL; manutenção da dieta e do exercício físico; cuidados com as hipoglicemias e hiperglicemias, além da averiguação do manuseio e funcionamento do glicosímetro. Conclusão: Na atenção especializada, o enfermeiro por meio da telessaúde pode promover ações educativas para um controle glicêmico satisfatório, pois essa ferramenta permite a paciente um contato mais direto e contínuo com o profissional, maior grau de satisfação e autocuidado da gestante com o diabetes nesse período.