A COVID-19, causada pelo novo corona vírus SARS-Cov-2, foi definida como pandemia pela Organização Mundial de Saúde em 2019, causou adoecimento e morte em todo o mundo. As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), presentes no Sistema Único de Saúde (SUS), representam um grande desafio, principalmente com relação ao seu desenvolvimento baseado em filosofias tradicionais e conceitos relacionados a energia vibracional. Este estudo está pautado na inserção das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Atenção Básica. Compreendendo que a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) consiste num conjunto amplo de técnicas terapêuticas, que seguem uma metodologia diversificada, cuja finalidade é buscar o tratamento do indivíduo como um todo, através da estimulação de mecanismos naturais para gerar equilíbrio energético do corpo e proporcionar saúde. O objetivo deste trabalho é descrever sintomatologias apresentadas por pessoas que procuraram atendimento na atenção básica após infecção por SARS-Cov-2 e apresentar estas sintomatologias como síndromes energéticas da Medicina Tradicional Chinesa. Foi utilizada o método descritivo, com proposta de estudar, registrar, analisar e interpretar a sintomatologia relatada por cinco pacientes, durante consulta de enfermagem. A avaliação foi realizada com base na filosofia da Medicina Tradicional Chinesa. Foram citadas as seguintes sintomatologias: lombalgia, dorsalgia, dificuldade no movimento dos membros superiores (prejudicando atividades laborais e rotineiras), respiração com dificuldade, ofegante ao esforço. As emoções predominantes foram tristeza e preocupação, voz fraca, insônia, extremidades frias. Diante da sintomatologia relatada foi descrito o seguinte diagnóstico energético: deficiência de Qi e sangue (xuê), estagnação de Qi, acúmulo de fleuma frio no pulmão, deficiência de yin do Pulmão e do Rim, estagnação do Qi do coração, do Qi do fígado e do Qi do baço. O conhecimento destas síndromes, demonstra o acometimento do sistema energético e físico, promovendo outro modo de compreender as sequelas pós infecção pelo SARS-Cov-2, demostrando a complexidade no desenvolvimento de práticas terapêuticas convencionais ou utilizando Práticas Integrativas e Complementares.