Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL DE INTERNAÇÕES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NO NORDESTE DO BRASIL
Relatoria:
ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA
Autores:
- Maria Eduarda Silva do Nascimento
- Angelo Maximo Soares de Araújo Filho
- Rita de Cássia Azevedo Constantino
- Thalita Rodrigues da Cruz
- Luiz Eduardo Oliveira Mendonça
- Isabel Pires Barra
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: É inegável o avanço tecnológico na área da saúde nas últimas três décadas, especialmente na área da terapia intensiva, contudo, ainda persistem desigualdades no acesso da população brasileira a esses serviços, devido a desproporção entre a demanda e a oferta dos leitos. Nesse sentido, torna-se relevante conhecer as causas de internação, tempo de permanência e mortalidade em unidades de terapia intensiva. Objetivo: identificar o perfil de internações em unidades de terapia intensiva na região Nordeste do Brasil. Metodologia: estudo descritivo, longitudinal e de abordagem quantitativa, realizado com dados secundários disponibilizados pelo Registro de Terapia Intensiva, programa Epimed monitor. Os dados foram disponibilizados por unidades de terapia intensiva públicas dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia, referente ao período de janeiro de 2010 a abril de 2022. Na realização da presente pesquisa, utilizou-se dados secundários de domínio público, seguindo os preceitos éticos de preservação do anonimato dos participantes. Resultados: As complicações clínicas foram a principal indicação de internação nas unidades de terapia intensiva (67,00%), seguido das cirúrgicas (27,00%), das quais 21,00% devido a cirurgias eletivas e 6,00% cirurgias de urgência. A média de idade dos pacientes foi de 58,26 anos e a mediana 61,00 anos. 50,50% eram homens e 49,50% mulheres. As comorbidades mais frequentes foram hipertensão (65,63%) e Diabetes (32,50%). 25,58% necessitaram de ventilação mecânica, 21,35% de drogas vasoativas e 7,55% de diálise. O tempo de internação variou de 6,5 a 25,0 dias e a taxa de mortalidade foi de 15,71%. Conclusão: conhecer o perfil das internações nas unidades de terapia intensiva pode contribuir para a gestão da rede de atenção à saúde na alta complexidade dos Estados analisados, fomentando a adequação da alocação de recursos físicos, humanos e financeiros, visando ampliar o acesso a saúde das pessoas que necessitam de leitos na rede pública de saúde.