Introdução: O câncer de próstata é, ainda hoje, um problema de saúde pública no Brasil, sendo um dos cânceres que mais levam homens a óbito no país e, além disso, o segundo de maior incidência. A doença tem uma evolução lenta, porém seus sinais e sintomas são inexistentes em grande parte das vezes nos estágios iniciais, tornando ainda mais difícil a detecção da doença quando o indivíduo acometido não realiza consultas preventivas. Objetivos: Identificar as práticas adotadas pelo homem para prevenção de câncer de próstata; descrever as condutas de saúde de homens acometidos com câncer de próstata e discutir seu impacto na vida do homem. Método: Estudo descritivo e exploratório, de natureza qualitativa, desenvolvido com 25 homens a partir de 55 anos, com diagnóstico de câncer de próstata na unidade urológica de um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro. O instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada e, para análise dos dados, foi aplicada a técnica de análise de conteúdo, Resultados: O estudo evidenciou que mesmo entendendo a necessidade de cuidar da sua saúde, através da prevenção de doenças, só buscaram atendimento quando os sintomas começaram a incomodar de alguma forma. Isto reforça não só o déficit no autocuidado, como também a dificuldade de se perceber vulnerável e responsável pela sua saúde. Além disso, muitos são os sentimentos, expectativas e significados atribuídos pelos homens após o diagnóstico, principalmente os que envolvem a prática sexual. Conclusão: É imprescindível um acolhimento em sua integralidade na perspectiva de gênero, trazendo, assim, um desafio de se pensar a saúde do homem voltada à promoção da saúde e à prevenção de doenças, instituindo a educação em saúde como um pilar para fortalecer o vínculo da população masculina com os serviços de saúde.