Introdução: O envelhecimento populacional e o aumento do aparecimento de doenças crônicas, de neoplasias e doenças do sistema nervoso, abre demandas para os cuidados domiciliares. O domicilio vem ganhando espaço por ser um local em que o cuidado prestado se embasa na humanização e acolhimento, promovendo ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, proporcionando ao paciente um cuidado mais próximo da rotina da família, evitando hospitalizações e diminuindo o risco de infecções. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes que são atendidos através do Serviço de Atenção Domiciliar de uma cidade do interior paulista. Método: Documental, descritivo – exploratório e retrospectivo. A coleta de dados foi realizada na base de dados do Registro de Ações Ambulatoriais em Saúde do próprio serviço. Foram incluídos na pesquisa 454 prontuários de pacientes atendidos entre Janeiro/2014 e Dezembro/2018. Foram excluídos os prontuários de pacientes com idade menor de 30 anos de idade por constituírem uma proporção extremamente pequena do total sendo 4%, o que poderia interferir na realização das análises estatísticas dos dados. Resultados: Observou-se que através do total de pacientes atendidos, 39,4% tinham idade acima de 80 anos, 43,8% tinham entre 60 e 80 anos e 16,7% com idade entre 60 e 59 anos. Houve a predominância do sexo feminino sendo 58,4% e de etnia branca (68,5%). Com relação às doenças atendidas nas visitas domiciliares, observou-se que os pacientes eram portadores de neoplasias (23,8%), doenças cardiovasculares (25,5%), doenças do sistema nervoso (21%) e outras (25,3%). Observou-se também que 54,4% das pessoas atendidas evoluíram para óbito, 34% receberam alta das visitas e 12% seguem em tratamento. Conclusão: O presente estudo permitiu caracterizar o perfil dos pacientes atendidos no Serviço de Atenção Domiciliar do município de Indaiatuba, para que se possa comparar com dados de outras localidades, assim realizando intervenções para a melhoria do serviço. Observou-se que a maioria dos pacientes idosos, de sexo feminino e de etnia branca, bem como a uma maior prevalência entre as doenças neoplásicas e cardiovasculares. Foi possível constatar que a taxa dos pacientes que foram à óbito foi maior do que as taxas de alta.