Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
ALTERNATIVAS DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA NO NAMORO ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES
Relatoria:
Maryvânsley Nunes de Sá Reis
Autores:
- Sara de Jesus Santos
- Poliana Souza Lapa
- Aline Vieira Simões
- Vanda Palmarella Rodrigues
- Juliana Costa Machado
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência no namoro é um problema de saúde pública grave e prevalente que está associado a inúmeros resultados negativos de saúde física e psicológica e, ainda assim, há uma avaliação limitada dos programas de prevenção em campus universitários, escolas e na comunidade. Estimativas sugerem que entre 10% e 25% dos adolescentes sofreram alguma forma de violência física em um relacionamento de namoro, e uma em cada quatro mulheres em idade universitária a violência sexual no campus. Objetivo: Identificar publicações científicas sobre alternativas de prevenção à violência no namoro. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, com busca realizada na BVS, MEDLINE, LILACS e BDEnf, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde: Prevenção; Adolescência; Violência por Parceiro Íntimo; interconectados pelo operador booleano AND. Critérios de inclusão: artigos escritos em português, inglês e espanhol; publicados entre 2016 e 2021; assunto principal: promoção da saúde; serviço de saúde comunitária; estudantes; avaliação de programas e projetos de saúde. Excluídos artigos duplicados, teses e estudos que não atendessem ao objetivo desta revisão, resultando em 28. Lidos os títulos e resumos, foram selecionados 12 estudos. Resultados: Um estudo sugeriu a mobilização comunitária como intervenção promissora para prevenção desta violência. Em outros, foram apresentados o Me & You, que promoveu a redução da perpetração e de algumas formas de vitimização da violência no namoro adolescente; o CAFE e o TakeCARE, que incentivaram a melhoria nos comportamentos dos participantes, aumento da conscientização e da responsabilidade; criação de estratégias baseadas em evidências, principalmente para jovens indígenas e LGBTQ+; o SHARe estimulou redução na comunicação negativa, melhoria na confiança e suporte emocional; o SMART na prevenção de risco sexual e de violência física no namoro; os programas de educação em saúde e de conscientização e o Project Connect, com enfermeiras nas escolas, resultaram em relacionamentos sólidos; e os programas de espectadores, que equipam os jovens para intervir quando presenciam comportamentos que levem ao abuso no namoro. Conclusão: Apesar da existência de programas eficazes que possibilitam a prevenção da violência no namoro, são poucas as evidências existentes, sendo necessários maiores estudos. Destarte, é notória a necessidade de políticas públicas preventivas voltadas para a violência no namoro entre jovens e adolescentes.