O aumento da longevidade brasileira nos últimos anos prevê uma expectativa de vida para as mulheres de 76 anos, o que corrobora para o adoecimento e mortalidade feminina que são agravados de saúde pública. O climatério, determinado pela queda de produção dos hormônios ovarianos, é uma fase biológica que transita entre a fase reprodutiva e não reprodutiva da mulher e que tem maior incidência entre os 35 e 65 anos. A falta de informações e entendimento acerca da patologia gera vulnerabilidade e impactos na saúde feminina. Dessa forma, o presente trabalho tem como finalidade identificar a importância da consulta de enfermagem na Estratégia de Saúde da Família (ESF) para a mulher no período do climatério. O presente estudo foi realizado por meio de uma revisão de literatura integrativa, cujas bases de dados foram BVS, SciELO, LILACS, MEDLINE/PubMed, utilizando-se dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Saúde da mulher”, “Estratégia Saúde da Família” e “Cuidados de Enfermagem”. Foram selecionados 13 dos 21 artigos elegíveis aos critérios de inclusão e exclusão e recorte temporal de 15 anos. O Manual de Atenção a mulher no climatério define como uma fase de transição biológica pela qual a mulher passa da fase reprodutiva para a não reprodutiva. O climatério acomete todas as mulheres na faixa etária entre 35 a 65 anos que começam a apresentar os sintomas relacionados. As dificuldades enfrentadas pelas mulheres surgem a partir do declínio da função ovariana e a chegada da menopausa tendo que lhe dar com situações como a carência hormonal, preconceito e descompensação dos sinais e sintomas, falta de atendimento de qualidade, indiferença familiar, ressecamento vaginal, irritação, prurido, sensação de pressão e ardência que pode resultar em depressão, ansiedade e baixa autoestima afetando a qualidade de vida das mulheres. É de suma importância o direito que a mulher tem, mediante o estado fisiológico do climatério, sendo importante que, a enfermagem tenha uma abordagem ampla e de qualidade para identificação dos sintomas dessa fase, orientando a mulher climatérica quanto ao envelhecimento, os riscos elevados de câncer, doenças crônicas e osteoporose. Conclui-se que o enfermeiro tem papel primordial nessa fase da vida da mulher, necessitando de um atendimento qualificado, holístico e humanizado traçando estratégias e planejamento individual para suprir as carências relatadas e assim provê uma qualidade de vida e bem-estar para essa mulher.