Introdução: A COVID-19 é uma doença que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves, que podem ser levar a morte. Nesse contexto, no sistema de saúde, houve a necessidade de reorganização da rede assistencial, criação de protocolos clínicos, pesquisas científicas e qualificação dos profissionais, visando atender às demandas provenientes da COVID-19. Dessa forma, diante dessa emergência de saúde global, é importante destacar a assistência de enfermagem dentro da rede de atenção à saúde, em consonância com constructos conceituais que concedam uma base teórico-científica para sua prática assistencial. Objetivo: Refletir sobre a interface entre a pandemia pelo COVID-19 e a teoria Humanística de Enfermagem nas hospitalizações. Metodologia: Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, ancorado nos constructos teórico humanístico de Josephine Paterson e Loretta Zderad . Resultados: A teoria da prática de enfermagem humanística na interface com Paterson e Zderad, acontece em cinco fases, que compreendem: a investigação do fenômeno; relação sujeito-sujeito; relação sujeito-objeto; síntese do fenômeno; e a reflexão acerca do fenômeno estudado. Diante das hospitalizações por COVID-19, é possível estabelecer e vivenciar situações de apreensão, medo, choro, tensão dos pacientes, principalmente pela equipe de enfermagem que está continuamente ao lado prestando assistência interrupta. Desse modo, a teoria humanística da enfermagem surge como fortalecedora da autonomia e identidade possibilitando reflexão sobre o cuidado, de que forma ele pode ser melhorado com base em evidências científicas e a vivência com o indivíduo por meio do estabelecimento das relações subjetivas. Conclusão: O enfermeiro pode utilizar o arcabouço teórico da teoria humanística de enfermagem como ferramenta para nortear o seu cuidado na assistência ao paciente hospitalizado por COVID-19.