Introdução: A violência nas relações de intimidade (VRI) entre jovens é um sério problema de saúde pública. Ocorrida de forma constante, está associada a resultados físicos e comportamentais negativos. Ela pode ser física, psicológica ou emocional, social, sexual e econômica. Entre os adolescentes, a Stalking é a mais recorrente, que quer dizer ato de perseguir, ameaçar e controlar a outra pessoa, resultando em medo e insegurança. Além disso, a VRI pode ser pontual ou contínua, unidirecional ou bidirecional e não se limita às orientações sexuais. Objetivo: Analisar as publicações sobre a violência nas relações de intimidade entre jovens. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, com busca realizada nas bases da Biblioteca Virtual em Saúde, MEDLINE, LILACS e BDEnf, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde: Juventude; Violência; Intimidade; interconectados pelo operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram: artigos escritos em português, inglês e espanhol; publicados entre 2016 e 2021. Foram excluídos artigos duplicados, teses, monografias e estudos que não atendessem ao objetivo desta revisão, resultando em 11 estudos. Após lidos os títulos e resumos, foram selecionados cinco artigos, que compõem este trabalho. Resultados: Os estudos apontaram que as relações afetivo-sexuais são permeadas por concepções que tanto superam como reiteram a violência e a própria desigualdade de gênero. Em uma pesquisa qualitativa, os relacionamentos afetivos dos jovens apresentam controle, ciúme e dominação masculina, tendo as questões de gênero como principal motivação nas suas ocorrências. Em uma análise das percepções de adolescentes, além do ciúme e do controle, também há uma naturalização dos atos violentos e a tecnologia como veículo preponderante de propagação da violência. Todavia, apesar da naturalização, quando identificada, estes reagem com agressões, diálogo com parceiro ou com outras pessoas. Em uma pesquisa para adolescentes imersos na era digital, evidenciou-se a aceitação principalmente em relação à violência psicológica, a falsa percepção de amor e novas formas de violência através das redes sociais. Conclusão: Fica evidente que a violência nas relações de intimidade entre jovens é um problema de saúde pública, visto que esta acarreta consequências, principalmente psicológicas, refletindo, dessa maneira, na vida desses jovens. Dessa forma, faz-se necessário a criação de políticas públicas em saúde com vistas a combater esta violência.