Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO DECORRER DA PANDEMIA
Relatoria:
Luciana Rosa Porto
Autores:
- Cristina Orlandi Costa
- Carolinne Vargas Attademo
- Mariana Martins dos Santos
- Vanessa dos Santos Prates
- Jordana Moretti Costa
- Rosane Mortari Ciconet
- Vania Celina Dezoti Micheletti
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: os atendimentos e processos de trabalho precisaram ser repensados durante a pandemia, demandas pouco frequentes emergiram nos atendimentos de Atenção Primária à Saúde (APS). O aumento dos casos de sintomáticos respiratórios e a gravidade com que chegavam nesta porta de entrada do Sistema Único de Saúde, fizeram com que as equipes priorizassem suas ações para acolher estas demandas. Paralelo a isto, os profissionais tiveram que se reorganizar para dar conta das metas audaciosas da campanha de vacinação contra COVID-19. Após o ápice da pandemia e redução da incidência dos casos, houve uma crescente procura por atendimentos relacionados às condições crônicas e estáveis, que agudizaram. Ainda, foi necessário planejar a oferta e organizar o cuidado aos usuários com sequelas da Sars-Cov-2. Objetivo: relatar a vivência dos enfermeiros durante os atendimentos de saúde na APS após o pico da pandemia. Metodologia: relato de experiência sobre a vivência dos enfermeiros frente à demanda dos usuários na APS de uma cidade da região sul do Brasil. Resultados: observou-se que o medo do contágio por COVID-19 e as alterações no formato de atendimento como a suspensão de consultas eletivas, limitaram o acesso e o acompanhamento de muitos usuários que buscavam regularmente a APS para controle de suas condições de saúde. Com isso, identificou-se o aumento de atendimentos de urgências como crises hipertensivas, dores torácicas e alterações glicêmicas. Uma medida que pode ter provocado essa situação, foi a ampliação do período da validade das receitas de medicamentos de uso contínuo, causando um espaçamento maior nas consultas para reavaliação de usuários com diabetes e hipertensão. Além disso, a demanda crescente de pacientes pós-infecção COVID-19, que apresentaram nível elevado de complexidade como sequelas respiratórias, neurológicas, motoras e clínicas, exigiu dos serviços de saúde uma organização e articulação com os diferentes níveis da rede, para a garantia de atendimento integral. Conclusão: a agudização das situações de saúde dos usuários está exigindo do gestor um olhar mais atento à vigilância de doenças e agravos não transmissíveis. O enfermeiro tem papel central no estímulo da equipe frente à manutenção das ações de restabelecimento da saúde, sem se afastar das ações de promoção de saúde e prevenção de agravos.