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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
SAÚDE MENTAL NA PANDEMIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA REDE DE URGÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
carolinne vargas attademo
Autores:
  • Cristina Orlandi Costa
  • Vanessa dos Santos Prates
  • Rosane Mortari Ciconet
  • Luciana Rosa Porto
  • Sandra Maria Cezar Leal
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
ÉTICA, LEGISLAÇÃO E TRABALHO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: uma das principais medidas sanitárias adotadas na pandemia do COVID-19 foi o isolamento social, que alterou o cotidiano da população e gerou adaptações dos espaços comuns, na tentativa de diminuir a propagação do vírus Sars-Cov2. O impacto da reclusão dos indivíduos repercute na saúde mental das pessoas, cujas causas podem ser multifatoriais e desencadeadas por perda de um familiar, estressores financeiros, perda de emprego, distanciamento de entes queridos, angústias e insegurança provocadas pelo medo da infecção por covid-19, entre outras. . Os impactos da pandemia no equilíbrio psíquico podem ser expressos desde reações normais e esperadas de estresse até sofrimento mental. Desde que , as sequelas de uma pandemia se não tratadas são maiores que o número de mortes. Objetivo: relatar a experiência sobre a procura por atendimento em saúde mental, no contexto da Emergência de um hospital privado e na Atenção Primária em Saúde (APS), em uma região metropolitana de Porto Alegre, durante a pandemia. Método: relato de experiência. O estudo refere-se ao relato de enfermeiras que atuam na emergência de um hospital privado e na atenção primária da região metropolitana de Porto Alegre, sobre o aumento de atendimentos de saúde mental após o início da pandemia. Resultados: na emergência do Hospital observou-se aumento na procura por atendimentos, dentre os quais destacam-se: renovação de medicamentos psicotrópicos, ideação suicida, tentativas de suicídio por ingestão medicamentosa, abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas. A maioria dos atendimentos envolviam adultos jovens do sexo feminino. Na APS identificou-se aumento dos casos de violência doméstica, crises de ansiedade e pânico, sintomas depressivos relacionados aos fatores socioeconômicos, luto, ausência de convívio social e familiar. Também ocorreu aumento da descontinuidade dos tratamentos de pacientes psiquiátricos crônicos. Conclusão: a pandemia intensificou os agravos em transtornos mentais e restringiu o acesso e vinculação da população aos serviços de acompanhamento. Esta limitação gerou uma demanda crescente e de difícil manejo, que sobrecarrega as emergências clínicas, dificultando a resolutividade dos casos. Nesse contexto, o trabalho organizado em redes fortalece a integralidade do cuidado e construção de planos terapêuticos singulares.