As mulheres no período gestacional são mais suscetíveis a condições especiais, inerentes ao estado gravídico, que acarretam alterações nos processos metabólicos. Nesse período, um pequeno número de mulheres apresentam condições clínicas e/ou obstétricas adversas para a saúde da mãe e/ou do feto sendo consideradas gestantes de alto risco. Diante disto, este trabalho teve como objetivo destacar os principais fatores associados ao encaminhamento de gestantes para o pré-natal de alto risco. Para levantamento das informações foi realizada uma revisão de literatura tendo como ferramenta a busca de estudos científicos nas bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO referente ao período de 2015 a 2020 com a utilização dos descritores Cuidado Pré-natal, Gravidez de Alto Risco e Fatores de Risco. Combinados entre si com o operador boleano AND. Utilizou-se um delineamento amostral, incluindo jovens e adultas com faixa etária entre 13 e 43 anos com nível médio de escolaridade, conviviam com seu cônjuge e não possuíam trabalho remunerado. Dentre este grupo de mulheres foi observado que as maiores complicações que as afetaram foram hipertensão gestacional, excesso de peso materno, distúrbios hemorrágicos, diabetes mellitus gestacional e em menores proporções, infecção do trato urinário, pré-eclâmpsia, má formação fetal e alterações no volume do líquido amniótico. Dentre as jovens com a idade entre 15 a 20 anos as patologias obstétricas que prevaleceram foram: amniorrexe prematura e a doença hipertensiva da gravidez. Na faixa etária de 30 a 39 anos predominaram a diabetes mellitus gestacional, pré-eclâmpsia e disfunção tireoidiana. Concluiu-se que o acompanhamento pré-natal de qualidade é fundamental para a garantia da segurança do binômio mãe-bebê. Com isso a equipe multidisciplinar se faz necessária por prestar uma assistência pautada na prevenção e diagnóstico precoce de possíveis agravos que podem comprometer a saúde materno-fetal.