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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
O USO DE ÓXIDO NÍTRICO EM NEONATOS: REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
João Paulo Aragão Silva
Autores:
  • Felipe da Cruz Lima
  • Samara Silva dos Santos
  • Alice Tavares da Mota
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O óxido nítrico é um vasodilatador que atua sob as paredes dos vasos sanguíneos levando ao relaxamento da musculatura lisa e aumento do fluxo sanguíneo. O uso do óxido nítrico inalado (ONi) possibilita efeitos terapêuticos em neonatos, sendo uma das alternativas para o tratamento de doenças e complicações respiratórias. Por ser vasodilatador pulmonar específico, apresenta ação direta pulmonar, evitando assim, a hipotensão sistêmica. OBJETIVO: Analisar as indicações terapêuticas do óxido nítrico em pacientes neonatos, por meio de evidências científicas que comprovem a eficácia do seu uso. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada a partir de uma busca nas seguintes bases de dados: LILACS, PUBMED, Scopus e SciELO. Foram utilizados os seguintes descritores: Nitric Oxide, Neonatology, Newborn, unidos pelo operador booleano “AND”. Os artigos selecionados estavam restritos entre os anos de 2015 a 2020. Como critérios de inclusão, estavam os artigos presentes no período estabelecido e que se adequavam ao tema proposto pelo trabalho. Para exclusão, estavam os artigos que ultrapassavam o espaço de tempo determinado e que não se enquadram a esse tipo de estudo. RESULTADOS: Observou-se o uso bem difundido de ONi nos casos de hipertensão pulmonar persistente neonatal e na insuficiência respiratória hipoxêmica. Nos casos de hérnia diafragmática congênita e displasia broncopulmonar, não têm-se um consenso quanto à eficácia terapêutica do ONi. Os bebês prematuros tardios (> 34 semanas) e a termos são os mais beneficiados com o tratamento. A dose limite recomendada para o tratamento é de 20 ppm, acima disso, não é observada melhor eficácia terapêutica, sendo possível a ocorrência de toxicidade, decorrente da formação de peroxinitrito. O desmame da terapêutica deve acontecer de forma gradativa, a fim de se evitar efeito rebote, com possível agravamento da hipertensão pulmonar e hipoxemia pós-abstinência. É recomendado o uso da ecocardiografia durante o tratamento. Não foram encontrados estudos que demonstrem a diminuição da mortalidade, mas que o seu uso diminui as taxas de complicações e utilização de ECMO, possibilitando redução dos custos com o tratamento. CONCLUSÃO: Dessa forma, conclui-se que o ONi possibilita bons resultados terapêuticos nos casos de hipertensão pulmonar persistente neonatal e na insuficiência respiratória hipoxêmica, devendo ser considerado o seu uso em prematuros tardios e a termos.