Introdução: A medida que se vivencia um acelerado e intenso processo de transição demográfica no Brasil, aumenta-se também o número de idosos que convivem com alguma condição de cronicidade, dentre esses, um elevado número de infectados pelo HIV/AIDS. No Brasil, em concordância com os dados globais, o aumento da população idosa é evidente, com estimativa de taxa de crescimento de 4% deste percentual até o ano de 2022. Considerando que a condição crônica requer atenção a saúde do idoso, percebe-se a relevância do autocuidado para o enfrentamento das situações e rotinas vivenciadas em virtude da presença de doença. Objetivo: Conhecer a experiência de autocuidado pelo idoso em condição crônica por HIV/AIDS. Metodologia: Estudo de caso, descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. O local de estudo foi uma unidade de Serviço de Atenção Especializada (SAE) do município de Rondonópolis. A participantes do estudo atendeu aos seguintes critérios de inclusão: 60 anos ou mais de idade; acompanhada pelo SAE há pelo menos 6 meses para tratamento de HIV/AIDS. As entrevistas foram organizadas por meio da técnica de análise de conteúdo propostos por Bardin (2016). O estudo foi realizado de acordo com os preceitos éticos e legais vigentes necessários para a realização de pesquisa com seres humanos determinados na Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012, e a pesquisa matricial aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso, sob protocolo nº 3.941.311. Resultados: A experiência de autocuidado pela idosa em condição crônica por HIV/AIDS requer isolamento social, afetivo e afastamento das atividades laborais, mudanças dos hábitos de vida, uso de medicamentos conforme protocolo para a doença, maior atenção com a saúde quando há presença de outras doenças. O apoio familiar foi revelado como importante para enfrentamento da condição crônica por HIV/Aids e o suporte dos profissionais de saúde requer necessidade de atividades educativas em saúde, atendimento psicológico e nutricional. Conclusão: A condição crônica requer atenção à saúde da pessoa idosa, sendo que as ações de autocuidado tem destaque importante na área da gerontologia, por ser o cuidado o conceito central para o desenvolvimento de ações promotoras de saúde, bem como, àquelas voltadas para prevenção e/ou complicações de doenças.