Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DO COMPORTAMENTO SUICIDA PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
Tatiana Bernardes Moreira
Autores:
- Roberto Nascimento de Albuquerque
- Elisa Marina Silva Araújo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 800.000 pessoas morrem devido ao suicídio todos os anos, aproximadamente uma pessoa a cada quarenta segundos. Apesar do suicídio merecer especial atenção pelos profissionais de saúde, a existência de associação entre atitudes negativas como preconceito, estigmas e discriminação acarretam uma diminuição da qualidade do cuidado à pessoa que cometeu suicídio. Objetivos: Verificar as atitudes de acadêmicos de Enfermagem de uma instituição particular de ensino do Distrito Federal frente ao comportamento de uma pessoa suicida. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, realizado entre os meses de outubro e novembro de 2019 o qual foram aplicados dois questionários: um com variáveis sociodemográficas e acadêmicas e o QUACS – Questionário de Atitudes Frente ao Comportamento Suicida, o qual permite avaliar as atitudes dos pesquisados em seus componentes cognitivos, afetivos e comportamentais. Resultados: Participaram 253 estudantes de enfermagem de diferentes semestres letivos. Os dados sociodemográficos revelaram que a maioria dos sujeitos da pesquisa era do sexo feminino (85,8%), jovens entre 18 e 24 anos (78,7%), brancos e pardos (88,6%), solteiros (88,5%), sem filhos (87,7%), morando com os pais (72%), de renda familiar acima de 4 salários mínimos (41,9%) e regularmente matriculados no período noturno (53%). O QUACS revelou que os estudantes possuem certa dificuldade em perguntar sobre o comportamento suicida e isso induzir a pessoa a realizar o ato; se sentem impotentes diante de uma pessoa que pensa em se matar relataram falta preparo profissional para lidar com pessoas que vivenciaram o comportamento suicida; apresentaram atitude conservadora e religiosa em relação ao suicídio; acreditaram que o suicídio não está ligado à um transtorno mental; associaram coragem à pessoa que pensa no suicídio, além de conversar e indicar um psiquiatra como estratégias relevantes para auxiliar a pessoa que tenha um comportamento suicida. Conclusão: Compreender as atitudes dos estudantes da área da saúde, em especial dos acadêmicos de Enfermagem, ainda no período de formação, podem promover uma modificação em relação ao entendimento do comportamento suicida, uma assistência de enfermagem livre de preconceitos, fortalecer discussões ampliadas sobre a temática de forma aberta e sem tabus, bem como oferecer um cuidado integral e humanizado.