Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PREVALÊNCIA DE TRANSTORNO MENTAL COMUM EM ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
Stefany de Oliveira
Autores:
- Ana Alice Bernardi Cozer
- Cristiane Pontes Pires
- Jolana Cristina Cavalheiri
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Saúde mental é um termo utilizado para descrever o bem-estar cognitivo ou emocional, sendo a pessoa com boa saúde mental aquela capaz de aproveitar e equilibrar-se entre as atividades rotineiras e os esforços para alcançar a resiliência psicológica (GAINO et al., 2018). O Transtorno Mental Comum (TMC) leva ao desenvolvimento de sinais físicos como cansaço, esquecimento, irritação, dificuldade de concentração (DAMASCENA et al., 2020; SALES et al., 2020), resultando em danos psicossociais, intelectuais e econômicos (SANTOS, 2019). A vida de um estudante universitário envolve pressões cotidianas, que representam um forte fator de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais (CRUZ et al., 2019). Neste panorama, a prevalência de TMC em estudantes da área da saúde é alta, já que este grupo está exposto a situações que geram estresse, ansiedade, a falta de apoio, preocupações com o desempenho acadêmico, insatisfação com a escolha do curso, problemas para conciliar os estudos, o trabalho, o lazer e a convivência social (ARAGÃO et al., 2017). Objetivo: Identificar a prevalência de transtorno mental comum e associar a presença do mesmo as variáveis sociodemográficas e hábitos de vida. Métodos: Estudo transversal e quantitativo realizado com acadêmicos da 1ª a 5ª série de enfermagem de uma universidade privada do Sudoeste do Paraná. A coleta de dados ocorreu no mês de julho de 2019, por meio de questionário para caracterização do perfil e pelo Questionário de Avaliação de Transtorno Mental. Os dados foram analisados por meio de frequência descritiva e relativa e associaram-se as variáveis do perfil com a possibilidade de transtorno mental comum, por meio do teste Qui-quadrado, com nível de significância de 10% (p <= 0,10). Resultados: Participaram do estudo 146 acadêmicos do curso de enfermagem, 79,5% eram do sexo feminino e 87% possuíam idade entre 16 a 30 anos. Dos acadêmicos investigados, 66,4% classificaram-se como TMC; 84,9% sentiam-se nervosos, 58,9% aludiram cansaço com frequência, 56,8% dificuldade de tomar decisões e 56,2% sentiam-se cansados o tempo todo. Houve predomínio de sintomas de TMC nos acadêmicos da 5ª série (29%) sendo que o sexo feminino, o uso de medicamentos demonstrou associação com a presença de transtorno mental comum. Conclusão: Os resultados encontrados nesta pesquisa apontam que existe uma alta prevalência de TMC entre os acadêmicos principalmente os da 5ª série, associando-se ao uso de medicamentos e sexo feminino.