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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
GESTÃO DE EMOÇÕES ENTRE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA: ENSAIO TEÓRICO-REFLEXIVO
Relatoria:
MARIANE VALESCA DE MENEZES LACERDA
Autores:
  • Simone Coelho Amestoy
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os estudantes de enfermagem representam um dos públicos implicados pelos efeitos da pandemia, uma vez que a modalidade de ensino presencial foi substituída pelo Ensino Remoto Emergencial, circunstância que se somou às situações estressoras. A Gestão de Emoções emerge como importante habilidade para lidar com os desafios do processo formativo frente ao cenário pandêmico. Objetivo: Fomentar reflexões sobre a Gestão de Emoções entre estudantes de enfermagem no contexto de pandemia da COVID-19 e suas repercussões no processo formativo. Metodologia: Trata-se de um ensaio teórico reflexivo elaborado com base na produção científica sobre a gestão de emoções aliada ao aporte teórico da inteligência emocional. Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico em bases de dados vinculadas à área da saúde com os descritores “Inteligência Emocional” e “Educação em Enfermagem”, em português e inglês. A partir da busca, foram selecionados 21 artigos para fundamentar esta reflexão. Resultados: Apesar de escassos no Brasil, estudos desenvolvidos com esse enfoque junto a estudantes de enfermagem no âmbito internacional evidenciam a prevalência de ansiedade associada a problemas como limitações econômicas, medo da infecção, necessidade de prestar cuidados à família, incertezas relacionadas ao seu desempenho, receio quanto às perspectivas de futuro profissional e dificuldades em adaptar-se ao ensino remoto, além da falta de recursos tecnológicos, como computadores, realidade de muitos estudantes no país. Tais achados repercutem diretamente no processo formativo, convergindo para a necessidade de espaços que promovam discussões acerca da gestão das emoções e estratégias metodológicas que potencializem sua abordagem transversal e interdisciplinar durante a graduação de enfermagem. Conclusão: A habilidade de gerir emoções é indispensável ao processo de autocuidado perante as dificuldades da pandemia, haja vista sua contribuição aos mecanismos de enfrentamento e adaptação individual. Os desafios gerados pela pandemia reforçam a necessidade de empreender esforços para o desenvolvimento da inteligência emocional durante a formação dos futuros profissionais, uma vez que apesar de ser intrínseca à natureza da enfermagem, ainda não se configura como dimensão essencial aos currículos da graduação, situação que tem preocupado sistemas educacionais de numerosos países.