Introdução: Infecção Hospitalar (IH) pode ser conceituada como uma infecção adquirida após a admissão do paciente em um leito de internação, esta, a qual se manifesta durante o seu período internado ou após a alta hospitalar, quando puder ser correlacionada ao período anterior ou aos procedimentos hospitalares. Em 1997 fora aprovada a lei 9.431, a qual torna obrigatória a presença de uma Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) independente do porte e da estrutura hospitalar. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo descrever a atuação e vivência de estagiários extracurriculares em uma CCIH. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. Foi desenvolvido a partir da vivência de acadêmicos do curso de enfermagem, os quais atuaram por um ano no CCIH da instituição hospitalar em questão, a qual trata-se de um Hospital Regional de média-alta complexidade, localizado no município de Tucuruí no Pará. Resultados: Para início de atuação, os estagiários foram capacitados e tiveram aulas ministradas pelos funcionários da comissão, constituída por corpo médico (um médico) e equipe de enfermagem (um enfermeiro e dois técnicos), sobre as infecções hospitalares e todos os seus âmbitos, além da explicação da importância da atuação profissional dentro do setor. Destarte, os acadêmicos participavam ao núcleo duas vezes por semana, onde puderam atuar em práticas de prevenção às IH. Dentre suas atuações, figura-se a implementação da “blitz” nas clínicas. Esta última, dar-se-á na visita surpresa dos acadêmicos aos setores hospitalares, onde estes avaliariam as práticas profissionais que asseguram a segurança do paciente, tais como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e lavagem correta das mãos, e a partir de tal avaliação, discutiriam qual dos setores apresentava melhor desempenho nestas práticas. Ademais, os acadêmicos implementaram a campanha “Adorno zero”, a qual visava a conscientização profissional quanto a não utilização de adornos que pudessem facilitar vias de acesso à organismos estranhos, aos meios de internação. Também, foram realizadas constantes intervenções educativas para a conscientização coletiva, tanto de funcionários quanto de acompanhantes, sobre o atual tema. Conclusão: Conclui-se assim, que práticas educativas desenvolvidas por acadêmicos se fazem efetivas na promoção de educação continuada dentro da atenção hospitalar, visando sempre a conscientização profissional e a segurança do paciente.