Introdução: Atualmente o câncer é considerado uma das principais causas de mortes prematuras antes dos 70 anos. De acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), pressupõem-se 625 mil novos casos de câncer, para cada ano do triênio 2020-2022. O paciente oncológico em fase avançada apresenta sintomas de difícil controle, desse modo, o profissional precisa lançar mão de técnicas alternativas, como a infusão de fluidos e medicamentos pela via subcutânea, hipodermóclise, para promover o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes em fim de vida. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo identificar na literatura evidências científicas acerca da utilização de hipodermóclise em pacientes oncológicos sob cuidados de fim de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa. Foi realizada uma revisão de literatura não sistemática. Consultou-se as bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), no período de julho de 2020, os descritores utilizados foram: hipodermóclise AND enfermagem oncológica AND doente terminal. Utilizou-se como critérios de inclusão: textos completos disponíveis, nas línguas português e inglês, publicados nos últimos 5 anos; e, critério de exclusão: trabalhos que não atendiam aos objetivos do estudo e textos duplicados. Encontraram-se 31 trabalhos, destes, 7 artigos e 1 tese de mestrado foram selecionados para análise. Resultados: Em perspectiva temporal, a publicação de estudos acerca da técnica de hipodermóclise demonstrou aumento nos últimos 5 anos. A administração de fluidos e medicações por via subcutânea consiste em uma alternativa terapêutica muito utilizada em pacientes oncológicos em fim de vida, com sintomas persistentes como dor, desidratação, disfunções gastrointestinais e cardiorrespiratórias, possibilitando efeito terapêutico sustentado e de fácil utilização em domicílio. Os autores corroboram entre si a respeito da eficácia clínica e segurança da via, mínimos efeitos colaterais e alta tolerabilidade. Conclusão: Os cuidados a usuários oncológicos em fim de vida requerem conhecimentos específicos e sensibilidade para compreender e agir de forma eficaz sobre suas necessidades e complexidade dos sinais e sintomas apresentados por estes. Diante do exposto, constata-se a necessidade de mais estudos sobre a hipodermóclise neste grupo específico, além de uma busca por maior adesão e preparação dos enfermeiros e familiares/ cuidadores para utilização e aprimoramento desta técnica.