Introdução: Durante a pandemia COVID-19 medidas protetivas foram adotadas para prevenir e mitigar a transmissão do Novo Coronavírus, dentre elas o distanciamento social, que causou a interrupção de atividades práticas presenciais nas universidades. Tal situação, atrelada a outros fatores do contexto atual, pode gerar sofrimento mental aos acadêmicos. Objetivo: Conhecer o panorama de publicações científicas sobre saúde mental de acadêmicos do ensino superior no contexto da pandemia COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada entre junho e julho de 2021, nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Nacional Library of Medicine (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de Dados da Enfermagem (BDENF), por meio dos descritores/palavras-chave: saúde mental, ensino superior, pandemia e COVID-19. Foram definidos como critérios de inclusão artigos científicos realizados com acadêmicos do ensino superior, disponíveis na íntegra, em idioma português e inglês. Foram excluídas publicações que não abordaram saúde mental e não foram realizadas no contexto da pandemia COVID-19. Resultados: A amostra final foi composta por 12 artigos, distribuídos entre as bases de dados SciELO (6), PubMed (3), LILACS (2) e BDENF (1). Os principais transtornos mentais abordados foram depressão, ansiedade, distúrbios de sono, irritabilidade e estresse. Dentre os artigos, 66,7% foram realizados no Brasil e 33,3% com a população internacional. Observou-se que a pandemia da COVID-19 acometeu acadêmicos de diversas áreas de ensino devido a interrupção das atividades presenciais provocada pelo distanciamento social. Com as incertezas do momento vivenciado, muitos foram os impactos que esta população sofreu em sua saúde mental, o que aumentou a prevalência de transtornos psíquicos e Transtornos Mentais Comuns (TMC) nesta população. Nos artigos selecionados, observou-se que o sexo feminino tem sido o mais afetado, principalmente entre aqueles que cursavam o primeiro ano da graduação, não possuíam companheiros e estavam em isolamento social. Conclusão: É importante que os acadêmicos universitários recebam suporte emocional, visto que grande parte não possuem uma convivência diária com seu núcleo de apoio social, o que aumenta o sentimento de solidão e riscos para desenvolver e agravar transtornos mentais.