Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PESQUISA-AÇÃO COMO ESTRATÉGIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
Relatoria:
CHEILA KAREI SIEGA
Autores:
- Elisangela Argenta Zanatta
- Edlamar Kátia Adamy
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: a vigilância do crescimento e desenvolvimento infantil possibilita a prevenção, detecção precoce de agravos e ações de promoção à saúde a criança, sendo que o Enfermeiro tem na Consulta de Enfermagem (CE) importante ferramenta para que esse cuidado seja realizado de forma sistemática. Observa-se que sua aplicabilidade na Atenção Primária à Saúde (APS), seguindo as etapas mencionadas, ainda é incipiente. Frente a essa realidade a pesquisa-ação possibilita reflexões acerca da prática e a busca por soluções, de forma coletiva e a partir da realidade local. Objetivo: relatar a utilização da pesquisa-ação como estratégia para a implementação da CE com base na CIPE® na APS. Método: pesquisa-ação, realizada em seis etapas adaptadas: 1) fase exploratória; 2) diagnóstico de situação; 3) coleta de dados; 4) seminários integradores; 5) planejamento de qualificação e; 6) publicização. Pesquisa realizada de maio a setembro de 2018 em um município do Meio Oeste catarinense, com 15 enfermeiros atuantes na APS. Aprovada pelo CEP da UDESC, parecer nº2.630.923 e contemplada pelo Edital CAPES/COFEN nº27/2016. Resultados: na fase 1 foi traçado o perfil epidemiológico infantil do município; na etapa 2 e 3 realizou-se entrevistas e grupos focais, buscando identificar dificuldades e necessidades dos enfermeiros. Dentre as dificuldades destacadas pelos profissionais para a implementação das etapas da CE destaca-se os diagnósticos de enfermagem e a utilização de uma linguagem padronizada. Nas etapas 4 e 5 foi elaborado, testado e validado um subconjunto terminológico da CIPE® para o lactente, que foi construído coletivamente, com base no diagnóstico de situação local, nas necessidades dos enfermeiros e nas evidências científicas. Na etapa 5 o subconjunto foi publicizado a todos os enfermeiros da APS e na comunidade científica. Conclusão: a pesquisa-ação permitiu a reflexão da prática assistencial quanto a necessidade de implementação da CE sistematizada. Contribuiu para a elaboração e operacionalização de um instrumento que permite subsidiar a implementação dessas etapas, bem como, na identificação precoce de agravos, na promoção da saúde da criança e na compreensão do processo de crescimento e desenvolvimento infantil. A construção coletiva permitiu aos enfermeiros sentirem-se parte do processo, fortalecendo o compromisso pela transformação da realidade vivenciada.