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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
O PERFIL DOS ENFERMEIROS E AS CARACTERÍSTICAS DO SEU TRABALHO EM UMA CAPITAL BRASILEIRA
Relatoria:
August José Bezerra de Andrade
Autores:
  • Geraldo Eduardo Guedes de Brito
  • Teodora Tchutcho Tavares
  • Júlio César Guimarães Freire
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
ÉTICA, LEGISLAÇÃO E TRABALHO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A enfermagem é uma das categorias que compõe as equipes de Saúde da Família (EqSF), na Atenção Primária à Saúde (APS) brasileira. Cabendo-lhes desempenhar as ações de enfermagem por meio do trabalho em equipe com os demais profissionais. Analisar o processo de trabalho e o perfil dos profissionais é importante para a qualificação da assistência dispensada. OBJETIVO: Traçar o perfil dos profissionais enfermeiros e o seu processo de trabalho na APS. MÉTODO: Pesquisa descritiva, quantitativa e transversal, realizada com os enfermeiros da EqSFs do município de João Pessoa/PB, participaram 68 enfermeiros, eleitos de forma aleatória simples, aos quais empregou-se um questionário que abordava as sua características gerais e o seu processo de trabalho, para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva. A pesquisa é parte de um estudo sobre processo de trabalho na APS, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPQ, Chamada Universal MCTIC/CNPQ 2018, do Governo Federal Brasileiro. Com aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (parecer no. 3.281.041). RESULTADOS: Predominou o sexo feminino (82,4%); com média de idade de 50,00 anos (DP: 27,00-57,75); experiência acumulada na APS de 11 anos; vínculo na atual equipe de 8,000 anos. Com relação ao trabalho 57,4% sentiam-se realizados, 84,2% estavam satisfeitos. Houve satisfação também com o trabalho da equipe 76,5%, com o gestor da unidade 75,0%, com o relacionamento interpessoal 83,8%, com a comunicação na equipe 79,4%, com a clareza dos papeis profissionais 72,1%, com a dinâmica do trabalho em equipe 72,1%, com a liderança compartilhada 80,9%, com a resolução de conflitos 80,9% e com a centralidade do trabalho nos usuários 79,4%. Prevaleceu a realização de práticas individuais com média de 75,00% em relação às coletivas 20,00%, com pouca articulação dentro da própria equipe 8,00% e com os membros do NASF-AB 5,00%. CONCLUSÃO: Percebeu-se que segue o histórico de feminização da categoria, com a presença de profissionais experientes. Um aspecto positivo é a alta fixação e satisfação dos profissionais no contexto investigado, elementos que são frágeis na APS nacional. Entretanto, ainda há o predomínio de práticas isoladas e fragmentadas, com pouca articulação com os demais profissionais, necessitando de mais investimentos para superar esses entraves na efetivação de um trabalho em equipe integral.