O ciclo gravídico necessita de assistência à saúde embasada em evidências científicas para a solidificação das políticas públicas, a partir do compartilhamento de informações com as pessoas que gestam e sua rede de apoio. As informações científicas não devem somente ressaltar procedimentos de caráter farmacológico e invasivo, visto que a atenção à saúde no ciclo gravídico é extensivamente medicalizada no Brasil. Por isso, é fundamental que métodos não farmacológicos sejam aderidos na prática de profissionais da saúde, visando o cuidado holístico da pessoa que gesta durante o processo de parturição. Assim, por meio de terapias complementares e alternativas, as pessoas que gestam podem se tornar protagonistas durante o processo de partejar. O trabalho tem como objetivo relatar a experiência na construção de material didático-informativo sobre métodos não farmacológicos no ciclo gravídico para acadêmicos de Enfermagem na modalidade Ensino a Distância (EaD). Trata-se de um relato sobre o desenvolvimento de um E-book com conteúdo sobre os métodos não farmacológicos no ciclo gravídico para alívio da dor e experiência no trabalho de parto. O material foi elaborado por discentes de Enfermagem para o Programa de Iniciação à Docência (PID) da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) para contribuir com o conhecimento dos acadêmicos na disciplina de Enfermagem em Saúde da Mulher II no EaD. A elaboração do material consiste em dez métodos não farmacológicos utilizados no ciclo gravídico, sendo disponibilizado para acadêmicos do 4º ano do curso de Enfermagem, a fim de contribuir de forma complementar para o aprendizado destes enquanto permanecem suspensos as aulas práticas. O material foi publicado na plataforma Moodle da disciplina, a qual atende 34 discentes. O E-book é de fácil acesso aos estudantes, podendo ser baixado em PDF para a utilização em outros momentos da disciplina e nas práticas assistidas presenciais. A elaboração do material foi construtiva para o aprendizado dos discentes, visto que, a partir da leitura, é possível diminuir a associação de dor e sofrimento durante o trabalho de parto e parto das pessoas envolvidas. Além disso, promove conhecimento e possível adesão a práticas não intervencionistas e medicalizadas no futuro exercício profissional dos discentes, possibilitando a assistência à saúde materno-infantil mais humanizada, além da experiência de parto e nascimento positiva para aquelas pessoas que a vivenciam.