Observa-se que no ciclo gravídico são realizadas práticas assistenciais desnecessárias e sem evidências científicas que as subsidiam, prejudicando a experiência positiva de trabalho de parto e parto das pessoas. Assim, faz-se importante que profissionais da saúde incorporem práticas assistenciais embasadas na ciência, assim como é recomendado pela Política Nacional de Humanização (PNH), de 2003, do Ministério da Saúde (MS), visto que promovem a integralidade no cuidado às pessoas que gestam. A partir disso, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tornaram-se um meio eficiente para a elaboração, compartilhamento e legitimação das informações científicas sobre a humanização do parto, priorizando o acesso a todos, tanto profissionais da saúde quanto à população em geral. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência na realização de uma live sobre parto baseado em evidências, desmistificando o parto humanizado em relação ao papel da mídia e das corporações para uma assistência baseada em evidências. Trata-se de um relato de experiência sobre uma transmissão on-line na rede social Instagram® de um Projeto de Extensão da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A live foi realizada com uma voluntária do projeto, estudante do curso de Enfermagem, e uma enfermeira obstetra, sobre parto humanizado para a legitimidade em relação à assistência à saúde. Assim como a importância da incorporação na prática assistencial de evidências científicas pelas tecnologias de informação e comunicação, pois, a partir disso, é possível promover o cuidado integral de gestantes. Por fim, as perguntas realizadas no decorrer da live foram respondidas ao final. A live permanece salva no perfil @projetopartopositivo no Instagram®, sendo verificado nos insights 197 reproduções e 44 curtidas. Além disso, 237 contas foram alcançadas pelo vídeo, dentre as quais 15% não seguiam, anteriormente, o perfil do projeto. A partir da realização da live, foi possível identificar as lacunas nas informações sobre parto que gestantes não têm acesso devido à assistência inadequada de profissionais de saúde. Isso demonstra a importância que espaços sejam criados para a disseminação de conhecimento sobre parto humanizado, especialmente por meio das tecnologias de informação e comunicação para um maior acesso, pois dessa forma é possível legitimar as ações voltadas à integralidade na humanização do parto e a qualificação do cuidado.