O transtorno do espectro autista (TEA) é uma patologia cujas manifestações neurológicas influenciam o comportamento humano. Por ser uma doença de etiologia multifatorial, o tratamento é multifacetado e nesse contexto o uso da Cannabis Medicinal e seus metabólicos tem emergido como uma alternativa de manejo das diversas manifestações clínicas como epilepsia ou crises de raiva. Este trabalho possui como objetivo analisar as pesquisas publicadas sobre o manejo terapêutico da Cannabis na redução dos agravos apresentados pelo TEA. Método: revisão integrativa de literatura com caráter exploratório e com uma abordagem qualitativa. Para estabelecer a amostra de estudo foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados há seis anos, em inglês ou português, disponíveis na íntegra e na plataforma da Biblioteca Virtual em Saúde ou Pubmed. Todos os artigos foram referenciados e tem a autenticidade da ideia preservada de acordo com os critérios pré-estabelecidos pela Associação Técnica de Normas Técnicas (ABNT) de acordo com a lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Resultados: foram encontrados 10 artigos, sendo que a maioria foi publicado em 2019 (70%). Os artigos que compuseram a amostra final deste trabalho evidenciam uma melhora no quadro clínico e na qualidade de vida dos pacientes portadores do transtorno do espectro autista, após utilização da cannabis como tratamento medicinal. Demostram também que os conhecimentos da população, da família, dos médicos, enfermeiros e entidades governamentais em relação às propriedades e benefícios da planta esta em constante evolução em varias regiões do mundo, inclusive no Brasil. Conclusões: a cannabis revoluciona o tratamento neurológico para uma nova realidade de intervenção e até mesmo de tratamento preventivo, porém análises a longa escala são cruciais para uma melhor compreensão do efeito da cannabis durante a utilização em um longo período de tempo. Os pacientes que desejam adquirir esta abordagem medicinal atualmente tem uma facilidade melhor de aquisição e acompanhamento pela medicina local, por conta das resoluções aprovadas pela ANVISA ao longo do tempo, caracterizando como legal a comercialização dos produtos derivados da planta no país. Vale salientar que várias clínicas especializadas neste tratamento já estão acessíveis a população brasileira, sendo que em Salvador, em 2021, já houve a inauguração da primeira clínica popular que oferece este tratamento Bahia.