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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
IMPACTOS DA PANDEMIA COVID-19 NO RETORNO ÀS ATIVIDADADES NA POLICLÍNICA REGIONAL DE SAÚDE NA BAHIA
Relatoria:
Milena de Oliveira Silva
Autores:
  • Rodrigo Oliveira Damasceno
  • Edilson da Silva Pereira Filho
  • Layla Dourado de Castro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Com a COVID-19 as instituições de saúde passaram a operar em um novo cenário de atuação em saúde exigindo maior segurança nesse processo. A COVID-19 possui espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves, gerando perturbações psicológicas e sociais em múltiplos níveis de intensidade e propagação. Diante disso, os profissionais de enfermagem apresentam papel significativo para a saúde pública, sendo importantes para tratamento de doentes e funcionamento de serviços e sistemas de saúde. Objetivo: Descrever as possíveis influências do retorno às atividade laborais durante a pandemia COVID–19 na saúde mental de profissionais da enfermagem de uma Policlínica de Saúde. Metodologia: Utilizou-se do relato de experiência de abordagem qualitativa e natureza descritiva, cujo lócus de ação extraiu-se do cotidiano profissional de uma das autoras na Policlínica Regional de Saúde do interior da Bahia, tendo limite temporal março a agosto de 2020. Resultados: A Policlínica é uma unidade de saúde especializada no apoio diagnóstico com serviços de consultas clínicas e exames gráficos e imagem, que atende a 24 municípios consorciados pelo Sistema Único de Saúde. As atividades são ambulatoriais e não é referência em receber pacientes diagnosticados ou suspeita de COVID-19. Nota-se que durante o retorno às atividades, algumas emoções se tornaram exacerbadas, como a preocupação excessiva, o medo de se contaminar e contaminar os familiares e a insegurança pelo inesperado. A unidade adotou uma rotina de cuidados para minimizar o risco de contaminação seguindo os protocolos definidos pelos órgãos competentes. Os profissionais passaram a utilizar continuamente os Equipamento de Proteção Individual e realizar antissepsia com álcool 70% das superfícies e materiais, o que de certa forma, geraram cansaço e esgotamento físico. Além disso, visando amenizar o medo adotaram uma rotina familiar drástica, evitando o contato próximo com familiares. Após esse período de adaptação, as emoções foram substituídas pelo prazer em atender, e isto reforçado pelo reconhecimento da população, produzindo a aceitação. Conclusão: O medo de se contaminar e contaminar os familiares é a emoção mais expressa, seguida das alterações drásticas na rotina diária e familiar. Pontua-se a necessidade de estudos com amostra maior para retratar de forma global tais questões, bem como a expansão de metodologias interdisciplinares em prol da promoção da saúde dos profissionais.