Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
FLUXOS DE OXIGÊNIO, UMIDIFICAÇÃO E AEROSSOLIZAÇÃO EM PACIENTES COM COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
IZABELA LINHA SECCO
Autores:
- Mitzy Reichembach Danski
- Marineli Joaquim Meier
- Higor Pacheco Pereira
- Simone Martins Nascimento Piubello
- Jéssica de Fátima Gomes Pereira
- Ana Cecília Schwarzbach
- Gabrielle Porfirio Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O SARS-COV-2 é um vírus altamente contagioso. A alta carga viral no trato respiratório superior é um fator relevante em sua transmissibilidade, diferenciando-o das demais doenças respiratórias. É transmitido, principalmente, por gotículas respiratórias e partículas aerossolizadas, portanto, procedimentos geradores de aerossóis têm sido evitados. Qualquer procedimento que ocasione uma adição de fluxo aéreo na mucosa respiratória contaminada, provoca um risco de liberação de aerossóis potencialmente infectados para o ambiente. Entretanto, administrar gases medicinais secos e frios pode provocar danos no epitélio pulmonar, por isso, é recomendado o condicionamento e umidificação dos gases na oferta de suporte respiratório. Ainda assim, não é claro qual a contribuição da umidificação dos gases medicinais na aerossolização. OBJETIVO: Identificar a partir de qual fluxo de oxigênio a umidificação contribui com a aerossolização. MÉTODOS: Revisão integrativa em sete bases de dados e em citações de interesse, realizada no mês de junho de 2020. Os critérios de elegibilidade foram: recorte temporal entre 2020 a 2021; artigos disponíveis na íntegra nos idiomas português, inglês e espanhol; revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais. RESULTADOS: O número de artigos encontrados foram 1083. Aplicados os critérios de elegibilidade, 43 artigos foram lidos na íntegra, mas apenas cinco compuseram a amostra final, sendo quatro revisões sistemáticas e um caso-controle. Todos os ensaios clínicos foram excluídos porque não corresponderam ao objetivo. Dos cinco artigos selecionados, uma única revisão sistemática respondeu claramente à pergunta de pesquisa e demonstrou um risco aumentado de eventos de aerossolização quando fluxos superiores a 6 litros/minuto foram usados. CONCLUSÃO: Embora sejam crescentes as publicações relacionadas à doença COVID-19, apenas um estudo respondeu à questão de pesquisa. A insuficiência de estudos que relacionem a umidificação do oxigênio com o aumento da aerossolização no ambiente demonstra a urgência na realização de novos estudos sobre a temática. Ainda aponta que a escassez de evidências que sustentam a administração da suplementação de oxigênio seco é um indicativo para que a comunidade científica reavalie as condutas existentes.